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Manjedoura ou Cama de Prego?



Como está o seu coração hoje? Está pronto como a manjedoura ou ainda está cheio de pregos!
O Coração é a manjedoura de hoje! Portanto é nele que será sediado o maior evento deste mês, o mistério da natividade.Devemos lembrar do episódio em Belém, local simples e sem grandes riquezas, mas repleto do essencial: "Amor", porque o Amor em excelência habitava naquele lugar. Hoje nosso coração se torna a feliz manjedoura à espera do Autor do Amor em Atos, mas só será um local digno se o mesmo estiver vazio de si e cheio da simplicidade. Estamos preocupados demais com o superficial, fazendo do nosso coração uma "belíssima cama de pregos", somos chamado a realizar neste tempo uma profunda kenosis e deixar que o próprio Cristo fazer morada perene em nossa manjedoura de carne! Somos os felizes escolhidos por Cristo a expressar o Amor com a própria vida!

TRIBOS URBANAS

Para quem não viu esta matéria sobre as "Tribos urbanas" segue os vídeos, realizado pelo programa    " A Liga da Band"

Uma reportagem sobre as tribos urbanas. Nesse episódio eles focalizaram como vivem,se vestem e qual é o estilo dos Punks, Emos,Metaleiros,Góticos,Pixadores e Cosplayers.
















Geração BB, X, Y e Z. Quem são, como são e como convivem.


“Gerações” esse é o título de uma série de reportagens que saiu recentemente no Jornal da Globo que tinha como objetivo desvendar o que é e como se comporta cada uma destas gerações. Atualmente se fala muito das diferentes gerações e qual o seu impacto no mercado.
A geração em alta o momento é a Y, as empresas, geralmente formadas pela geração BB (Baby Boomers) e X tentam entender essa nova geração para conseguir lhe vender produtos. É uma tarefa difícil, conta com diversas pesquisas e fica realmente complicado saber qual a melhor forma de estabelecer um canal de relacionamento com as pessoas.
Esta reportagem pode ser complementada pelo vídeo “We All Want to Be Young”, que trata mais especificamente sobre a Geração Y.

Confira aqui as 5 reportagens que passaram durante uma semana no programa:















Por Dennis Altermann | 27 de novembro de 2010 |

* “Flash Mob” em praça de alimentação surpreende a todos.Veja!




Meio dia do dia 13 de Novembro de 2010, em uma praça de alimentação aconteceu algo inesperado e surpreendente.

A propósito: A palavra “Aleluia”  significa Louvai a Iahweh! (Hallel Iahweh)
Flash Mobs são aglomerações instantâneas de pessoas em um local público para realizar determinada ação inusitada previamente combinada, estas se dispersando tão rapidamente quanto se reuniram. A expressão geralmente se aplica a reuniões organizadas através de e-mails ou meios de comunicação social.




Flash mob na estação central de Antuérpia, Bélgica.Imperdível!”

ENCONTRO COM OS JOVENS EM LUANDA



Discurso do Papa aos Jovens
Sábado, 21 de Março de 2009
(...) Jovens amigos, sementes dotadas com a força do mesmo Espírito eterno, desabrochai ao calor da Eucaristia, onde se realiza o testamento do Senhor: Ele dá-Se a nós, e nós respondemos dando-nos aos outros por amor d’Ele. Tal é o caminho da vida; mas só o podereis percorrer graças a um constante diálogo com o Senhor e um verdadeiro diálogo entre vós. Acultura social predominante não vos ajuda a viver nem a Palavra de Jesus nem o dom de vós mesmos a que Ele vos convida segundo o desígnio do Pai. Queridos amigos, a força está dentro de vós, como o estava em Jesus que dizia: «O Pai que está em Mim, é que faz as obras. (…) Aquele que acredita em Mim fará também as obras que Eu faço; e fará obras maiores do que estas, porque Eu vou para o meu Pai» (Jo 14, 10.12). Por isso, não tenhais medo de tomar decisões definitivas. Generosidade não vos falta – eu sei! –, mas, perante o risco de se comprometer para uma vida inteira quer no matrimônio quer numa vida de especial consagração, sentis medo: «O mundo vive em contínuo movimento e a vida está cheia de possibilidades. Poderei eu dispor agora da minha vida inteira, ignorando os imprevistos que me reserva? Não será que eu, com uma decisão definitiva, jogo a minha liberdade e me prendo com as minhas próprias mãos?» Tais são as dúvidas que vos assaltam e que a atual cultura individualista e hedonista aviva. Mas quando o jovem não se decide, corre o risco de ficar uma eterna criança!
Eu digo-vos: Coragem! Ousai decisões definitivas, porque na verdade são as únicas que não destroem a liberdade, mas lhe criam a justa direção, possibilitando seguir em frente e alcançar algo de grande na vida. Sem dúvida, a vida só pode valer se tiverdes a coragem da aventura, a confiança de que o Senhor nunca vos deixará sozinhos. Juventude, liberta dentro de ti o Espírito Santo, a força do Alto! Confiado nela, como Jesus, arrisca este salto, por assim dizer, no definitivo e com isso dá uma possibilidade à vida! Assim criar-se-ão entre vós ilhas, oásis e depois grandes superfícies de cultura cristã, onde se tornará visível aquela «cidade santa que desce do céu, da presença de Deus, bela como noiva adornada para o seu esposo». Tal é a vida que vale a pena ser vivida e que de coração vos desejo. Viva a juventude!
Fonte: www.vatican.va

Entrevista com Carmadélio Sousa - Comunidade Shalom

 
Entrevista realizada através da twitcam dia 23/09/10 com Carmadélio Sousa - Consagrado da Comunidade Católica Shalom. Neste vídeo são abordados vários temas em relação a igreja, sociedade e evangelização através da internet e sua contribuição para o anúncio do evangelho.

O Mito da Caverna

Este mito foi escrito pelo filósofo Platão e o artista cartunista Mauricio de Souza de forma criativa reproduziu em quadrinhos esta historia.
É um mito antigo que se faz atual.

Apreciem e reflitam...



















Na Rua...

Estou "ressuscitando" um arquivo que foi publicado no blog do Wilde confiram:
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Irmãos
Segue algumas fotos de um Festival de Teatro de Rua que a Missão de Guarulhos participou há um tempo atrás.
É fantastico ver a simplicidade com que podemos utilizar de todo tipo de expressão artistica para evangelizar e falar do amor de Deus pras pessoas.
É tão simples!
O que você esta esperando? Junte alguns amigos, pegue algumas roupas velhas mais chamativas, criei um personagem, pinte seu rosto, escolha um lugar movimentado e central e mãos a obra! E quanta obra temos a fazer!
Esta é um sugestão para o evangelizar no Carnaval!!!
Fonte: Blog Wilde Fábio

Heróis do Super


Não somos "Super-Heróis"...Deixamos facilmente nos abater pelas circunstancias da vida esquecendo que Cristo nos escolheu, ungiu e consagrou as nossas vidas através da sua oferta plena. Somos homens heróis do Super, porque renunciamos a esta mentalidade relativista que acha que vai ser feliz por si próprio, porque recusamos propostas que ferem a dignidade humana, somos heróis do Super, quando preferimos viver a castidade e não ceder aos apelos da carne, mas assim como no clássico "Superman" existe um ponto fraco,um inimigo claro e infelizmente existe em nós algo que nos faz cair como o protagonista de Superman frente à kriptonita...o Pecado. Somos heróis imperfeitos que lutam com o auxílio da Graça, porque somente Ele o próprio Senhor é capaz de nos erguer. Lembra do episódio do filme, quando o protagonista é exposto à Kriptonita fica indefeso e sem forças, só recupera a força quando se afasta... Da mesma forma, nós precisamos nos afastar das ocasiões de "kriptonita' (pecado) e nos aproximar da Graça. Portanto crescer nesta graça é assumir que não somos agentes superiores, mas homens heróis imperfeitos que lutam em favor do Super e com o Senhor é que somos plenos.

Marcelo Man

A Graça do Desafio

LinkCertamente é desafiante a vida de oração, mas ao mesmo tempo que percebo este desafio como via de edificação pessoal e comunitária tomo posse da graça que é viver em franco e aberto diálogo com Deus o tempo todo. O desafio comporta a graça!
Posso citar pelo menos dois grandes frutos que a oração sincera propõe, a primeira é a clareza espiritual, não apenas conhecimento estéril, ou ganãncia em obter respostas para as situações diversas/adversas da vida, mas clareza de quem é, de onde se vem e para onde se vai, em outras palavras é auto-conhecimento.
Outro ponto que percebemos é a esperança, que precisa ser provada e isso é natural que aconteça e sendo mais concreto, se manifesta através das mais variadas situações no âmbito profissional,pessoal,comunitário entre muitos outros. A esperança é forjada por exemplo na perca de um parente querido, na perca do emprego, de um amigo, na doação de si, no abandono dos planos pessoais e projetos em vista de algo maior , em outras palavras ter esperança é ter uma "Fé inabalável" que suporta os desafios colhendo sementes da graça.

O Coração do Homem


O que o seu coração mais deseja?
Queremos tudo e ao mesmo tempo queremos nada, por um instante podemos tudo, e por menos ainda, não podemos nada, queremos ser tudo mas nos resta a verdade de que sozinhos somos nada.E o nosso coração o que deseja? Em meio a tantas ações corriqueiras de nosso dia-a-dia ele bate incansavelmente, como quem diz ama-me ao menos um segundo. O batimento cardíaco não é apenas o movimento contínuo de bombeamento de sangue ao corpo, é também movimento de amor divino ao homem, as batidas correspondem as doces palavras do Mestre: Vinde A Mim...

Muitos se valem da estética tão utilizada(mal),como background para se impor; será que roupas, gestos, maquiagens, modificações físicas e músicas expressam aquilo que o jovem tem no mais profundo de sua alma?do seu coração?
Embora estejam sempre em grupos, frequentando os mesmos lugares e relacionando-se com pessoas da mesma tribo como podem ainda assim se sentirem solitários e sem esperança? Como viver para si quando se há um coração pulsante?A escolha de riscos talvez seja o grito mais latente de seus corpos mas não da alma que clama por algo maior. A aventura, o sentido de falsa radicalidade, correr riscos não são capazes de calar a voz que grita em nós, ela permanece...
O nosso coração deseja e bate ancioso para receber o próprio Cristo manifestado nas diversas ações que Ele mesmo proporciona para encontra-lo, sejamos dóceis Àquele que possui a docilidade por excelência e saibamos ritmar nosso coração em Cristo.

Marcelo Man

É Carne, Sangue, Alma e Arte

É Carne, Sangue, Alma e Arte
O homem é barro e sopro: o barro, que vem da terra; e o sopro, que vem de Deus. Ao primeiro compete a ciência, que alimenta o corpo, enquanto compete ao segundo a arte, que alimenta a alma. Disso bem sabia o primitivo, que criou a flecha, abatendo a primeira caça, e (criou) o estilete, pintando o primeiro quadro nas ásperas paredes da caverna.
O animal é dirigido pelas necessidades do corpo: não tem arte.
O homem dirige o corpo com a alma: se é necessário saber para lucrar do ambiente os recursos de sobrevivência, é também necessário deixar sair a alma pelos dedos para que se obtenham a sensibilidade e o equilíbrio no momento decisivo e se possa adotar o comportamento mais humano, menos animal.
A ciência oferece a um tempo os recursos de vida e os de morte, servindo indiferentemente à guerra ou à paz, ao honesto e ao depravado: o homem faz a boa ou a má ciência. E como pode ele decidir-se corretamente por uma ou outra, se abandonar a fonte que disciplina as suas opções.
O homem sem ciência ainda é homem. Sem arte, deixou de sê-lo.

Na Matriz...


Realmente é inquietante perceber e poder tocar nos flagelos da humanidade de forma tão real e concreta, refiro me ao que presenciamos todo o fim de tarde, inicio e término de noite no centro às sextas, se aquelas cenas não mexem com o mais profundo de nosso ser, é melhor nos questionar, a propósito como anda nossa percepção a cerca desta realidade? Será que estamos inertes, insensíveis ou apenas esperando para que algo aconteça? Que caiam de nossos olhos as "escamas" do respeito humano e da hipocrisia....
O maior flagelo da vida de um jovem é a ausência de Deus, nossa negligência infelizmente tem aumentado os flagelos pessoais deles, é necessário novamente direcionar o nosso coração rumo ao jovem de hoje, lançar o olhar, contemplar sua dor e lançar-se como a rede lançada no mar pelos apóstolos. A primazia do jovem precisa sair do intelecto e descer até o coração e nele fazer morada, precisa ser enraizado regado à coerência de vida e amor, próprio daqueles que tem em si não apenas a idéia de juventude como fase da vida mas como uma virtude da alma.

Marcelo Man

Você tem maturidade para namorar?

Você tem maturidade para namorar?

Médica fala da questão da maturidade no namoro e oferece subsídios valiosos aos pais e jovens.

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Namoro exige maturidade? Por quê?

– No namoro, estão envolvidos sentimentos, por vezes intensos pois, frequentemente, ele se inicia motivado por forte atração recíproca envolvendo auto-estima, ciúme, desejo de posse, conquista e sedução. É preciso lidar com estas situações e viver o namoro como uma fase de conhecimento interpessoal e descoberta de valores capazes de fundamentar uma convivência de compromisso recíproco. É preciso não girar em torno de si próprio, mas ter capacidade de olhar o outro, respeitá-lo, procurar não magoá-lo, ajudá-lo a crescer. Isto exige um crescimento por toda a vida, porém um mínimo de maturidade é exigido para iniciar um namoro.

Adolescente está preparado para exercer essa maturidade?

– De modo geral o adolescente não está preparado para assumir o namoro como um compromisso recíproco que exige responsabilidade em relação a si mesmo e ao outro. Sobretudo com a influência da “cultura desencanada” de hoje, o namoro já supõe a livre intimidade física, uma certa indiferença pelo outro, uma vez que o pensamento é centrado em si e em aproveitar os momentos buscando novas experiências. Há a baixa tolerância para adiar satisfações imediatas e a decidir pelo impulso. Ele ainda não teve tempo para o auto-conhecimento e terá muita dificuldade para conhecer outra pessoa diferente dele. A tendência será de se fechar num círculo de emoções intensas e frágeis onde o restante do mundo é ignorado. Uma das situações que evidenciam esta imaturidade, sem dúvida, é o número crescente de gestações entre os adolescentes. Pesquisas no mundo todo mostram que, para a grande maioria, não há o desconhecimento dos métodos nem a impossibilidade em obtê-los. O que existe é uma mistura do pensamento mágico de que a gravidez não vai acontecer com o próprio desejo mais ou menos inconsciente de engravidar. Ou seja, há a evidência da imaturidade junto com o ciúme, com a intolerância à negativa afetiva, como aconteceu no caso da Eloá, veiculado largamente na mídia.

Como os pais devem proceder para orientar os filhos adolescentes no campo afetivo?

– A orientação para o campo afetivo se encontra dentro do conjunto da formação pessoal. É impossível orientar apenas para o namoro sem orientar para a responsabilidade, discernimento de valores e exercício da vontade. Justamente o oposto de agir apenas pelos impulsos centrados em si mesmo. É preciso que reconheçam a existência de limites. É preciso dizer “não” quando necessário, apresentando os critérios que motivaram a negativa. É preciso confiar que eles têm o potencial para o desenvolvimento pessoal, mas que precisam de tempo, de vivência para atingir uma maturidade mínima que os conduz diante das diferentes motivações afetivas positivas e negativas. É preciso não aderir à superficialidade da afirmativa corrente: “O jovem precisa disto – apenas lhe forneça a camisinha”. Esta afirmativa desvaloriza o jovem, reduzindo-o apenas a um resultado inconsciente de impulsos que usa do outro como objeto. O jovem aspira ao grande, ao belo, ao amor, à honestidade, à sinceridade. Precisa que os pais o auxiliem a exteriorizar estas aspirações em atos pessoais.

Que critérios os pais podem utilizar para estabelecer uma idade a partir da qual possam permitir e orientar os filhos para o namoro?

A percepção deve vir da própria vida em família e da vida diária: pela participação nas responsabilidades em casa; no esforço para superar as competições com os irmãos; na abertura para colaborar; no respeito às pessoas sobretudo aos próprios pais; na seriedade com o estudo; na sinceridade em reconhecer os erros e em corrigi-los; na capacidade em suportar frustrações inevitáveis, consciência dos próprios atos mesmo sem a vigilância de outrem, etc. Também é necessário o esclarecimento através de diálogo sincero sobre o namoro, relacionamento sexual, relacionamento interpessoal, diferenças do homem e da mulher na cultura atual. Buscar apresentar valores religiosos positivamente fundamentados e não como elementos coercitivos. Não há propriamente uma idade, há sinais de um mínimo de maturidade. Entretanto, dificilmente estes sinais se manifestam antes de 14 a 15 anos. A planta necessita de tempo para sair do solo e a fruta necessita de tempo para amadurecer. Mesmo tomando todo o cuidado, sem uma postura rígida mas com a exigência firme nascida da ternura, o resultado irá depender da liberdade de escolha do filho. Porém, os pais terão feito a sua parte.

O que a senhora diria para os adolescentes que pensam iniciar um namoro?

Considerando que já apresentem aquele mínimo de maturidade até para entender as colocações seguintes? Diria: nascemos do Amor que nos amou desde sempre, do centro do Amor maior do que todo o universo que é o coração de nosso Deus Uno e Trino. Vocês são convidados a entrar nesta ciranda de Amor a partir da participação com os que estão mais próximos de vocês: família e amigos. Ao iniciar um namoro, estão optando por iniciar uma vida adulta. É isto mesmo o que desejam? A decisão do namoro não é um jogo de sedução e posse, de auto-afirmação. O namoro é tempo de alegrias e tristezas, de provas e de lutas, de ajuda mútua, de conhecimento e de colocação de limites. Os sonhos e fantasias não constroem a felicidade. Antes, a felicidade é o resultado de atitudes conscientes e fortes a partir dos valores que vocês escolhem. E, sobretudo, o namoro é tempo de conhecimento recíproco e não de posse recíproca definitiva. Sobre estas bases, no Deus-Amor, vivam a alegria da ternura, do respeito um pelo outro que faz crescer para a vida!

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Dra. Elizabeth Kipman Cerqueira é médica ginecologista, especialista em logoterapia, diretora do CIEB (Centro Interdisciplinar de Estudos em Bioética) do Hospital São Francisco, em Jacareí (São Paulo), e membro da Comissão de Bioética da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil).

Blog Shalom - Carmadélio

O noivado cristão.

O noivado cristão.

Novo ano, vida nova é o que se aspira. Entretanto tudo depende da consciência e opções que faremos. Durante o ano refletiremos sobre o amor cristão. Um bom começo é sempre uma escolha sábia para o segredo da felicidade.

O noivado na Igreja católica não é uma tradição ou simples etapa na preparação da consagração do amor cristão de um homem e mulher, mas deve ser compreendido, vivido e assumido como um período importante de diálogo, de conhecimento, de partilha de vidas entre os noivos em vista de um planejamento consciente e responsável para a vida futura de casados. É um tempo forte de conhecimento mútuo, de oração, de discernimento e de abertura a nível pessoal e a dois diante de Deus, da Igreja e dos irmãos.

Casar-se na Igreja não é a decisão de um dia, ou a opção por um tempo determinado, mas é e deve ser uma opção de vida e para vida toda. Na vontade de Deus o homem e a mulher são chamados a viver segundo sua imagem e semelhança. São chamados a viverem e existirem em comunhão e partilha de vidas. A partir de Cristo o amor de um homem e de uma mulher vai além da atração, da realização e da complementação mútua. Torna-se pelos méritos da redenção de Cristo na ação do Espírito Santo em fonte de santificação e de salvação humano-divino, um grande bem não somente para os noivos, mas para a família e para toda a Igreja.

Costumo dizer que o verdadeiro casamento cristão começa na primeira piscada que os namorados se dão, amadurece através de um namoro responsável, se torna compromisso de partilha e de planejamento no tempo do noivado e se transforma em sacramento de vida, de salvação e de santificação no dia em que os noivos se consagram pelo amor mútuo diante de Deus e da Igreja gerando um compromisso de vida que somente terminará quando um dos dois falecer.

Hoje as pessoas se preparam para tudo, menos para casar-se. Não basta a atração, o ajustamento e planejamento a dois, uma profissão estável, a realização sexual em si, se requer antes de tudo a descoberta do verdadeiro valor e do sentido maior da vida humana como um bem que pertence a Deus antes de tudo.

Casar-se exige a consciência de que não se escolhe alguém para amar e nem apenas para que nos ame, casar-se exige um compromisso de assumir alguém diante de si, da comunidade e de Deus para o realizar como pessoa humana no tempo em vista de seu destino terreno.

O noivado cristão é e deve ser por excelência o tempo da evangelização dos que desejam consagrar seu amor como cristãos perante si, perante Deus e os irmãos. Sem um sólido conhecimento do que consiste viver o sacramento do amor cristão os noivos não possuirão o preparo necessário, e por isto mesmo, faltará a solidez de uma espiritualidade amadurecida para viver uma escolha livre de amor a dois, opção essa que é praticamente impossível de se viver sem o horizonte do olhar de Deus, de Cristo, dos Evangelhos e da comunhão com a Igreja de Cristo.

Fonte: AIS

Casar é para sempre! Você crê nisso?

Casar é para sempre! Você crê nisso?

Hoje em dia, muitos jovens asseguram que não vêem nenhuma razão para contrair matrimônio. Amam-se e nisso encontram justificação de sobra para viverem juntos. Penso que estão enganados…

LEIS E COSTUMES

É verdade que as leis e os costumes sociais retiraram ao matrimônio todo o seu sentido. Em primeiro lugar, a admissão do divórcio elimina a segurança na luta por manter o vínculo; em segundo lugar, a aceitação social de “devaneios” extramatrimoniais suprime a exigência da fidelidade; por último, a difusão dos anticoncepcionais despoja os filhos de relevância e valor.

O que resta então da grandeza da união conjugal? 0 que é feito da arriscada aventura que sempre foi? Para quê passar pela Igreja ou pelo juiz-de-paz? Assim vistas as coisas, teríamos de começar por dar razão àqueles que sustentam a absoluta primazia do “amor”, para depois fazer-lhes ver uma coisa de capital importância: é impossível homem e mulher amarem-se profundamente sem estarem casados.

TORNAR-SE CAPAZ DE AMAR

Ainda que possa causar um certo espanto, o que acabo de dizer não é nada estranho. Em todos os âmbitos da vida humana é preciso aprender e adquirir competências. Por que teria de ser diferente no amor, que é simultaneamente a mais gratificante, a mais decisiva e a mais difícil das nossas atividades? Jacinto Benavente afirmava que “o amor tem de ir à escola”, e é verdade. Para poder amar verdadeiramente, é preciso exercitar-se, tal como, por exemplo, é preciso temperar os músculos para ser um bom atleta.

Ora bem, o casamento capacita para amar de uma maneira real e efetiva. A nossa cultura não acaba de entender o matrimônio: contempla-o como uma simples cerimônia, um contrato, um compromisso… Tudo isso é, sem chegar a ser falso, demasiado pobre.

Na sua essência mais íntima, o ato de casar-se constitui uma expressão delicada de liberdade e de amor. O sim é um ato profundíssimo, inigualável, mediante o qual duas pessoas se entregam plenamente e decidem amar-se mutuamente por toda a vida. É amor de amores: amor sublime que me permite “amar bem”, como diziam os nossos clássicos: fortalece a minha vontade e habilita-a para amar em outro nível; situa o amor recíproco numa esfera mais elevada. Por isso, se não me casar, se excluir esse ato de amor total, ficarei impossibilitado de amar de verdade o meu cônjuge, tal como alguém que não treina ou não aprende uma língua se torna incapaz de falá-la.

À sua jovem esposa, que lhe tinha escrito: “Esquecer-te-ás de mim, que sou uma provinciana, entre as tuas princesas e embaixadoras?”, Bismark respondeu: “Esqueceste que me casei contigo para te amar?” Estas palavras encerram uma intuição profunda: o “para te amar” não indica uma simples decisão para o futuro, inclusive inamovível, mas equivale, afinal de contas, a um “para te poder amar” com um amor autêntico, supremo, definitivo… impossível sem a mútua entrega do matrimônio.

CASAR-SE OU “VIVER JUNTOS”

Não se trata de teorias. O que acabo de expor tem claras manifestações no âmbito psicológico. O ser humano só é feliz quando se empenha em qualquer coisa de grande que efetivamente compense o esforço. O mais impressionante que um homem e uma mulher podem fazer é amar. Vale a pena dedicar toda a vida a amar cada vez melhor e mais intensamente. É, na realidade, a única coisa que merece a nossa dedicação: tudo o mais, tudo mesmo, deveria ser apenas um meio para o conseguir. “No entardecer da nossa existência – dizia um clássico castelhano – seremos examinados sobre o amor” (e sobre nada mais, acrescento eu).

Ora bem, quando me caso, estabeleço as condições para me dedicar sem reservas à tarefa de amar. Pelo contrário, se simplesmente vivemos juntos, e ainda que eu não tenha consciência disso, terei de dirigir todo o esforço à “defesa das posições alcançadas”, a “não perder o que foi ganho”.

Tudo, então, se torna inseguro: a relação pode romper-se a qualquer momento. Se não tenho a certeza de que o outro se vai esforçar seriamente por amar-me e superar as fricções e conflitos do convívio quotidiano, por que terei de fazê-lo eu? Não posso “baixar a guarda”, mostrar-me de verdade como sou…, não vá acontecer que o meu parceiro descubra defeitos “insuportáveis” em mim e decida acabar com tudo.

Perante as dificuldades que forçosamente têm de surgir, a tentação de abandonar a relação conjugal está sempre muito próxima, pois nada impede essa deserção…

Em resumo, a simples convivência sem entrega definitiva cria um clima em que a razão fundamental e entusiasmadora do matrimônio – fazer crescer e amadurecer o amor e, com ele, a felicidade – se vê muito comprometida.

AMOR OU “PAPÉIS”?

Tudo o que acabamos de ver parece reforçar a afirmação de que “o importante” é amar. Parece-me correto. O amor é efetivamente importante e não se deve ter medo desta ideia. No entanto, como já expliquei, não pode haver amor total sem doação mútua e exclusiva, sem o casamento. Os “papéis”, o reconhecimento social, não são, de modo nenhum, “o importante”, mas por serem uma confirmação externa da entrega mútua, tornam-se imprescindíveis.

E por quê?

Do ponto de vista social, porque o meu casamento tem claras repercussões civis: a família é – deveria ser! – a chave do ordenamento jurídico e o fundamento da saúde de uma sociedade. É indispensável, por isso, que se saiba que eu e outra pessoa decidimos mudar de estado e constituir uma família.

No entanto, a dimensão pública do matrimônio – cerimônia religiosa e civil, festa com familiares e amigos, participações do evento, anúncio nos meios de comunicação social (se for caso disso), etc.– deriva sobretudo da enorme relevância que tem para os cônjuges aquilo que estão levando a cabo. Se isso vai mudar radicalmente a minha vida para melhor, se me vai permitir algo que é uma autêntica e maravilhosa aventura, terei imenso gosto em que se saiba, tal como anuncio com tambores e flautas outras boas notícias. Tal como, não. Muito mais, porque não há nada que se compare a casar-se: põe-me numa situação inigualável para crescer interiormente, para ser melhor pessoa e alcançar assim a felicidade. Como não apregoar, então, a minha alegria?

ANTECIPAR O FUTURO?

É verdade que, tendo em conta o exposto, muitos se interrogam: como posso assumir um compromisso para toda a vida, se não sei o que esta me vai trazer? Como posso estar certo de que escolho bem a minha mulher ou o meu marido?

A todos eles eu diria, antes de mais, que para isso existe o noivado: um período imprescindível que oferece a duas pessoas a oportunidade de se conhecerem mutuamente e começarem a entrever como se desenvolverá a sua vida em comum.

Além disso, se sou uma pessoa como deve ser, já sei o que acontecerá quando contrair matrimônio: sei, concretamente, que farei tudo o que estiver ao meu alcance para amar a pessoa com quem me vou casar e procurarei que ela seja muito feliz. E se esse propósito for sério, será partilhado pelo futuro cônjuge, porque o amor chama o amor. Podemos ter, portanto, a certeza de que vamos esforçar-nos com todos os meios por consegui-lo. E nesse caso será muito difícil, quase impossível, que o matrimônio fracasse.

OBSERVAR E REFLETIR

Não há dúvida de que essa decisão radical de entrega não é suficiente para dar um passo tão importante. É preciso que eu considere também alguns traços do futuro cônjuge. Por exemplo, se “me vejo” vivendo durante o resto dos meus dias com essa pessoa. E igualmente, e antes, como é que ela se comporta no seu trabalho; como trata a família, os amigos. Se sabe controlar os seus impulsos sexuais (porque, caso contrário, ninguém me garante que será capaz de o fazer quando estivermos casados e não se deixará seduzir pelos encantos de outro ou outra). Gostaria que os meus filhos se parecessem com ele – com ela? (porque de fato, quer eu queira ou não, vão parecer-se). Sabe estar mais atenta ao meu bem do que aos seus caprichos?

Em resumo, é importante considerar mais o que a pessoa é; depois, o que efetivamente faz, como se comporta; e em terceiro lugar o que diz ou promete, coisa que só terá valor se a sua conduta o confirmar.

RELAÇÕES ANTIMATRIMONIAIS

Eis uma das questões mais decisivas e sobre a qual reina maior confusão. A necessidade de os noivos se conhecerem, de saber se um e outro combinam entre si, não aconselhará a que vivam um tempo juntos, com tudo o que isso implica?

É um assunto que tem sido muito estudado e sobre o qual se vai lançando uma luz mais clara. Um bom resumo do estado da questão seria o seguinte: está estatisticamente comprovado que a convivência a que acabo de aludir nunca – nunca! – produz efeitos benéficos. Por exemplo:

a) os divórcios são muito mais freqüentes entre aqueles que viveram juntos antes de contrair matrimônio;

b) as atitudes dos jovens que começam a ter um relacionamento íntimo pioram notavelmente e a olhos vistos a partir desse mesmo momento: tornam-se mais possessivos, mais ciumentos e controladores, mais desconfiados e irritáveis…

Não é difícil de intuir a causa. O corpo humano é, no sentido mais profundo da palavra, pessoal; muito particularmente na sua dimensão sexual. Por conseguinte, a sexualidade só sabe falar uma linguagem: a da entrega plena e definitiva.

No entanto, nas circunstâncias que estamos considerando, essa entrega total é desmentida pelo coração e pela cabeça que, com maior ou menor consciência, a rejeitam, na medida em que evitam um compromisso para toda a vida. Surge assim, em cada um dos noivos, uma ruptura interior que se manifesta, psiquicamente, por uma obsessiva e angustiante ânsia de segurança, acompanhada de receios, temores, suspeitas, que acabam por envenenar a vida em comum. Daí que, a este tipo de relações, e contrariamente ao que é habitual, eu prefira chamar “anti-matrimoniais”.

PARA SE CONHECEREM A SÉRIO

É pelo menos ingênua a pretensão de avaliar a viabilidade de um casamento pela “capacidade sexual” dos que coabitam: como se toda uma vida em comum dependesse ou pudesse basear-se em atos que, em condições normais, não somam muitos minutos por semana!

Aliás, a melhor maneira de conhecer o futuro cônjuge nesse campo neste campo consiste, como sugeria anteriormente, em observá-lo nos outros aspectos da sua vida, naqueles que não se relacionam diretamente conosco: observar e refletir sobre o modo como a pessoa se comporta com a sua família, no trabalho ou no estudo, com os amigos e conhecidos. Se, nessas circunstâncias, é generoso, afável, paciente, serviçal, terno, desprendido, podemos estar seguros – sem medo de errar – de que a longo prazo será essa a sua atitude nas relações mais íntimas.

Por isso, pode-se afirmar que “viver (e dormir) juntos” é a melhor maneira de não saber absolutamente nada de como vai comportar-se a outra pessoa durante a vida matrimonial.

Repito que não se trata de uma ficção nem de uma espécie de “invenção piedosa” para desaconselhar essa convivência: como acabo de mencionar, é bastante fácil cair na conta de que a situação que se cria em tais circunstâncias é totalmente artificial… e muito diferente do que será a vida em comum no dia a dia, quando ambos estiverem casados.

EXPERIMENTAR AS PESSOAS?

Pode-se aprofundar ainda mais: não é sério nem honesto “experimentar” as pessoas como se se tratasse de cavalos, carros ou computadores. As pessoas devem ser respeitadas, veneradas, amadas; por elas se arrisca a vida, “joga-se – como dizia Marañón – cara ou coroa, o porvir do próprio coração”.

Além disso, a desconfiança que implica o pôr as pessoas à prova não só cria um permanente estado de tensão, difícil de suportar, como se opõe frontalmente ao amor incondicional, que está na base de qualquer bom casamento.

E deve-se acrescentar outro motivo ainda mais determinante: não se podetransforma-os em esposos, permite-lhes amar de verdade: coisa que antes de casarem não podiam fazer! (é materialmente impossível, ainda que pareça o contrário) fazer essa experiência, porque o casamento muda muito profundamente os noivos, não só do ponto de vista psicológico – a que já me referi – mas no seu próprio ser; modifica-os profundamente.

Tomás Melendo Granados
Catedrático de Filosofía (Metafísica), Diretor do Departamento de Estudos Universitários sobre a Família da Universidade de Málaga, Espanha.

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O perfil do namoro no Brasil

O perfil do namoro no Brasil

Foto: Shutterstock

As garotas brasileiras de 8 anos para cima já se preocupam com fidelidade no namoro. Cada vez mais precoces, elas têm preocupações de gente grande: querem compromisso, mas os garotos não abrem mão da liberdade. Para eles, o namoro pode prejudicar o contato com os amigos.

Aos olhos desses adolescentes, não são atitude prematuras para a idade. É uma tendência geral, constatada em uma pesquisa com mil pré-adolescentes e adolescentes brasileiros, com idades entre 8 e 14 anos, de todas as regiões do Brasil, feita pelo canal de TV Boomerang.

Para a alegria momentânea de pais e mães, apenas 13% das meninas de 13 e 14 anos dizem ter namorado. Entre os meninos da mesma idade, 23% afirmam o mesmo. Alguns começam cedo (a namorar ou a pegar mentira): na faixa dos 8 aos 10 anos, 2% das meninas e 15% dos meninos dizem namorar.

Apesar de expectativas diferentes para o amor, garotos e garotas concordam plenamente em outros pontos. Uma delas é a impossibilidade de sair de casa sem celular – pensam assim 61% das meninas e metade dos meninos. O tocador de MP3 também tem de ir junto: 26% dos garotos e 23% das garotas disseram não por o pé fora de casa sem o aparelho.

Nem só de namoro e consumismo vive esse grupo. Para 48%, o programa mais divertido que existe é bater papo online com os amigos. E, pelo menos na hora de responder a pesquisa, eles mostraram gostar da companhia dos pais: 43% consideram assistir televisão com a família o mais divertido dos programas.

***

Namorar exige minima maturidade e entendimento das implicações afetivas e humanas contidas no ato de namorar.

Minha torcida é que o famigerado “ficar“,ladrão do amor ,do compromisso, do auto respeito,esvaziador do tempo e da amizade tão importante para se cultivar o terreno para que o namoro possa de fato acontecer,não destrua antes a esperança de nossos queridos jovens de que o amor existe,é viável e capaz de gerar plenitude humana afetiva quando bem compreendido e vivido à luz da fonte de todo amor: DEUS!

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Namorar sem “avançar o sinal”. A beleza do namoro cristão.

Namorar sem “avançar o sinal”. A beleza do namoro cristão.

Pe. Marcos Chagas
As amizades e os namoros devem ser marcados pelo autêntico desejo de uma autoconstrução positiva, no respeito recíproco, no domínio de si, na dedicação a deveres assumidos com seriedade e responsabilidade. São ocasiões de crescimento verdadeiro.

O tempo que antecipa a vivência do matrimônio deve ser uma etapa de mútuo conhecimento, diálogo, oração e descoberta da pessoa amada numa acolhida positiva e fecunda.
É um tempo de aprender a superar os conflitos e conviver sadiamente com as diferenças. Seguramente exigirá algumas renúncias; estas, assumidas com coragem e generosidade, criarão nos noivos ou namorados capacidades e possibilidades de assumirem sempre novas renúncias e os desafios próprios na vivência madura de um matrimônio autenticamente cristão.

O deterioramento de certos casamentos pode ter como causa o desgaste. E por que este amor esfriou e acabou? Por faltarem bases sólidas. O amor, durante o tempo do namoro, foi superficial, muito apegado aos prazeres e às facilidades. Faltou a renúncia, a oblatividade. Talvez tenha sido marcado pela incapacidade de sofrer e dar a vida pela pessoa amada. Sem o espírito altruísta, sem a gratuidade que se consolida no sacrifício e na renúncia, o amor não se sustenta.

Quem pode garantir que haverá fidelidade nas tribulações, nas crises matrimoniais, nas doenças, nas dificuldades econômicas, nos desafios do controle de natalidade responsável, da gestação e da criação dos filhos, nas tentações de outros amores que prometem e parecem resolver todos os problemas? Os noivos, na liturgia do matrimônio, prometem ser fiéis um ao outro “na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, amando-se e respeitando-se todos os dias da própria vida”. Estas promessas não serão cumpridas quando o amor é hedonista, egoísta, superficial, sem nenhuma capacidade de abraçar renúncias e sofrimentos. A intimidade – tantas vezes entendida como acesso ao corpo do outro – “acontece quando um indivíduo é capaz de equilibrar o dar e o receber e pode buscar satisfazer mais o outro do que simplesmente buscar a auto-satisfação e o sucesso”

Relacionamentos superficiais e instrumentalizadores da pessoa do outro em proveito próprio (do próprio prazer) podem gerar frustrações, desconfianças e medo de viver um relacionamento profundo e verdadeiro.

É bem verdade que um desejo de manifestar fisicamente o amor, o afeto profundo, é natural e compreensível. Mas quando assume conotações claramente sexuais (através de carícias que induzem ao uso da genitalidade) esse relacionamento queima etapas e assume atitudes que são próprias do matrimônio enquanto convívio estável na manifestação de um amor esponsal sacramentalizado com finalidades unitivas (o bem dos cônjuges) e procriativas (abertura à geração de filhos), formando assim uma família.

Se o amor humano, na sua expressividade sexual-genital e demais dimensões, foi elevado à dimensão de sacramento, então significa que o uso da sexualidade-genitalidade antes do matrimônio não manifesta só a ausência de um rito, mas a ausência da Igreja e, por conseguinte, de Cristo.

Na intimidade sexual, e também nas demais expressões da união matrimonial, Deus se serve da mediação dos esposos para manifestar o seu amor. Deus ama o esposo através da esposa e a esposa através do esposo. E quem introduz Cristo e sua graça no convívio estável de uma vida a dois entre um homem e uma mulher é exatamente o sacramento do matrimônio. Por isso, seria banalizar o matrimônio todo reducionismo da sexualidade ao prazer genital ou destituir tal prazer da necessidade de uma inclusão integrada na esfera do amor a dois elevado à dignidade de sacramento.

Bem nos ensina o prof. Felipe Aquino: “A vida sexual de um casal não pode começar de qualquer jeito, às vezes dentro de um carro numa rua escura, ou mesmo num motel, que é um antro de prostituição. (…). O namoro é tempo de conhecer o coração do outro, não o seu corpo; é tempo de explorar a sua alma, não o seu físico. (…). Espere a hora do casamento, e então você poderá viver a vida sexual por muitos anos e com a consciência em paz, certo de que você não vai complicar a sua vida, a da sua namorada, e nem mesmo a da criança inocente.

A partir disso, a pessoa estrategicamente vai evitando tudo o que de alguma maneira pode excitá-la ou agitá-la sexualmente, tendo sempre em vista um bem maior. Assim, namorados e noivos evitarão carícias exageradas, uma vez que isso levará a certos movimentos hormonais e psíquicos que direcionarão a uma busca de prazer, culminando no uso da genitalidade. Se, por exemplo, o encontro dos namorados é em lugar isolado e esta solidão constitui a possibilidade de certas liberdades, seria bom passar a namorar em lugar mais iluminado e freqüentado por outras pessoas.

Bom seria dialogar mais, algumas vezes rezar juntos etc. Um namoro autêntico não se esgota nas manifestações afetivas de ordem física. O importante é usar de sinceridade consigo mesmo e com Deus. O senso da medida, a prudência e a temperança, o bom senso e o discernimento evangélico vão abrindo os caminhos para namoros e noivados santos e maduros. Quem aprendeu a se controlar e a viver estas saudáveis renúncias agora, se capacitará para viver as renúncias que lhe serão exigidas no matrimônio.

Além disso, o auxílio divino é sempre indispensável. “Tu me ordenas a continência: concede-me o que ordenas, e ordena o que quiseres”.

Rezar e viver a amizade com o Senhor ajuda a entender que, mesmo existindo elementos de ordem biológica e psíquica ou mesmo influências de ordem sociocultural, existem também forças espirituais que atuam nesse contexto.

Não nos iludamos, nossa luta não é apenas “contra a carne e o sangue, mas contra os principados e potestades, contra os dominadores deste mundo tenebroso, contra os espíritos malignos espalhados pelos ares” (Ef 6,12).
Poderíamos até considerar ingenuidade o fato de tantas pessoas atribuírem somente à esfera bio-psíquica uma realidade que também comporta um acirrado combate espiritual!

Diz o apóstolo que “Deus não nos chamou à impureza, mas à santidade” (1Ts 4,7), e para tanto ele exorta: “Mortificai, pois, os vossos membros terrenos: fornicação, impureza, paixão, desejos maus, e a cupidez, que é idolatria” (Cl 3,5).

O próprio Mestre Divino aborda o assunto afirmando essa necessidade: “Por isso, se o teu olho direito é para ti ocasião de queda, arranca-o e lança-o para longe de ti, porque é melhor para ti que se perca um dos teus membros, do que todo o teu corpo seja lançado na geena. E, se tua mão direita é para ti causa de queda, corta-a e lança-a para longe de ti, porque é melhor para ti que se perca um dos teus membros do que todo o teu corpo seja lançado na geena” (Mt 5,29-30).

Note-se, porém, que este arrancar não deve ser entendido no sentido literal, pois tudo o que Deus colocou no corpo humano tem uma finalidade boa, um sentido positivo, válido e significativo: “Deus viu tudo o que tinha feito; e era muito bom” (Gn 1,31). Todas as pessoas, tanto os celibatários quanto os casados, precisam tomar consciência que os órgãos sexuais continuam sendo sagrados e fazem parte do grande tabernáculo do Espírito Santo que é corpo humano e integram a dignidade da pessoa humana.

Portanto, o sentido do cortar, arrancar, lançar fora não diz respeito ao anular, destruir ou sufocar, mas envolve um direcionamento que leve a integrar, direcionar, sublimar numa dinâmica positiva de abertura ao querer de Deus.

Para que este processo atinja níveis de bom êxito na vivência da castidade, vai ser muito útil que a vontade seja sadiamente exercitada, iluminada por uma consciência bem esclarecida; eis a importância dos estudos, da reflexão da Escritura e, sobretudo, da intimidade com Deus na oração.

O Senhor também diz que o “olho é a lâmpada do corpo. Se o teu olho for são, todo o teu corpo terá luz. Mas se o teu olho for defeituoso, todo o teu corpo estará em trevas” (Mt 6,22-23). Portanto, se a inteligência e a vontade do homem forem obscurecidas e corrompidas pelo apego aos bens passageiros da terra ou pelas paixões ou apetites desordenados, toda a vida espiritual da pessoa ficará comprometida e corrompida pelo vício e como que lançada na escuridão, sem possibilidade de discernir o bem do mal e apreciar as coisas retamente.

À luz desta indicação que o Senhor nos oferece, importa abraçar com generosidade uma vida de sacrifício. É tolice imaginar que terá domínio e controle sereno de seus impulsos sexuais quem se expõe às ocasiões, quem tem vida mole, folgada, vive no conforto, na preguiça, no espontaneísmo, na falta de disciplina pessoal.

Os casais de namorados e noivos, bem como cada indivíduo, busquem trabalhar-se corajosamente, encontrar soluções e não desistir de conduzir livremente a própria vida exercendo um decidido senhorio sobre seus impulsos, tendo por base os valores evangélicos e o equilíbrio afetivo.

A felicidade é também uma conquista que brota do autodomínio. A Igreja nos instrui que o domínio de si mesmo “é um trabalho a longo prazo. Nunca deve ser considerado definitivamente adquirido. Supõe um esforço a ser retomado em todas as idades da vida” (Cat, 2342). A quem sinceramente se empenhar para atingir este bem-aventurado autodomínio, não faltará o auxílio generoso e abundante da graça divina. Vale a pena conferir!
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LIDZ, T. La Persona Umana. Suo sviluppo attraverso il ciclo della vita. Roma: Astrolabio, 1971, p. 380.
Cf. GATTI, G. Morale sessuale, educazione dell’amore. Leumann (Torino): Elle Di Ci, 1988, p. 143.
AQUINO, F. Jovem, levanta-te! Lorena: Cléofas, 2001, p. 99.
S. AGOSTINHO, Confissões, livro 10, n. 40.

Namoro: Sentimentos em harmonia com a razão, vontade e prudência.

Namoro: Sentimentos em harmonia com a razão, vontade e prudência.

Capelão universitário aventura-se em um livro sobre o tema

Por Miriam Díez i Bosch

O livro do sacerdote Rafael Hernández Urigüen recolhe as experiências de diferentes pessoas e tira conclusões acerca do amor e do ato de apaixonar-se. Trata-se da obra “Namoro: Seguros? Ideias para acertar” (”Noviazgo: ¿Seguros? Ideas para acertar”), da editora Eunsa.

O livro deste professor e capelão universitário surge como fruto dos seminários mantidos com jovens no instituto universitário em que trabalha, o ISSA, http://www.issa.edu.

O autor explica que a obra oferece “pistas práticas para estabelecer um novo diálogo que evite os graves problemas que se estão detectando há anos nos casamentos”.

Desde a flechada até o compromisso, o itinerário da obra transcorre detendo-se em breves apontamentos de “características práticas e antropologia profunda do gênio feminino”, até a explicação da “castidade fundamentada em uma antropologia cristã inteligível e bem divulgada”.

Como escreve em seu prólogo o professor de psiquiatria Enrique Rojas, “quando o amor chega, pode ser cego, mas quando se vai é muito lúcido. Daí a importância de acertar na escolha”.

Hernández Urigüen recebeu consultas muito díspares desde a primeira edição do livro, em 2008. Um senhor de 80 anos perguntava por email onde podia adquirir o livro, já que com 50 anos de casado, apaixonadíssimo por sua mulher, jamais a compreendia por completo.

Uma jovem manifestava que depois de ler o livro e o que se afirma acerca da necessidade de respeito, sinceridade e horizonte de compromisso, tinha decidido romper com seu noivo, classificado como “romântico, mas imaturo e constantemente infiel”.

No livro se insiste na importância do período de namoro para se conhecer, no referido clima de “respeito, sinceridade e horizonte de compromisso”. Um slogan da obra é: “mais vale um trauma no namoro – romper se não tem boa perspectiva – que um matrimônio traumático”.

Mais que perguntar-se: “como saberei se isso vai ser para sempre?”, o autor propõe uma questão mais audaz: “como devo me comportar – como nos devemos comportar – para que isso seja para sempre?”.

Um aspecto muito importante, segundo o autor, é “a fé e a graça do sacramentos, que os cristãos veem como ajudas eficazes no cultivo da fidelidade, da ternura e da renovação do amor, também dando e recebendo o inestimável presente do perdão”.

O livro recorda “o papel fundamental dos sentimentos, que se devem harmonizar com a razão, a vontade e a prudência, para analisar as situações, e para que cada pessoa saiba discernir se está ‘cega’ ou se a intuição que sente tem fundamento e, sobretudo, futuro”.

Na internet, blog de Hernández Urigüen: http://noviazgosegurosideasparaacertar.blogspot.com

Será que existe uma única pessoa “Feita para mim”?

Será que existe uma única pessoa “Feita para mim”?


É ao mesmo tempo um sonho e uma inquietação… A pessoa que encontrei será mesmo feita para mim? Aquela com quem sonho existirá? E se sim, como a reconhecer?

Estas questões são quase inevitáveis: quanto mais conhecemos o outro, mais descobrimos as suas qualidades, mas também os seus defeitos. Reparamos também que o compromisso reveste um caráter absoluto, definitivo.

E se tivesse me enganado? E se não fosse ela ou ele? E se a paixão nos cegasse e se uma vez casados nos déssemos conta que tínhamo-nos enganado?
Ao mesmo tempo, o imaginário tende a criar um modelo ideal do outro: ele ou ela deve ser assim, ter tal aspecto, tal caráter e sobretudo não ter aquele defeito! Muitas vezes, em vez de receber e aprender a conhecer o outro pelo que é, procuramos encontrar nele o ideal que criamos.

Reconhecer juntos que se é feito um para o outro é dar tempo para se conhecer bem: partilhar em profundidade, aceitar que o outro seja diferente, etc… É bom também colocar juntos certas questões: Seremos capazes de ultrapassar o cinzento do quotidiano? Poderemos juntos ultrapassar as grandes dificuldades da vida? Amaremo-nos o suficiente para suportar os nossos defeitos?

Este reconhecimento conduz a uma escolha que somos capazes de fazer em liberdade: Sim, é com ele, é com ela, que eu quero passar a minha vida, ter filhos, construir uma família. A escolha do outro, que conduz a um compromisso total e definitivo, é então feita na confiança e na esperança.

Sendo assim, é preciso por vezes saber interromper uma relação, porque se chega à conclusão de que não se é feito um para o outro, que não poderemos ultrapassar a diferença de meio, de cultura ou de idade, divergências de temperamento, uma não aceitação dos limites do outro, etc… é preciso também ter o cuidado de fazer esta escolha sem procurar razões do tipo: “eu queria de qualquer maneira casar e ter filhos”, “tudo se arranjará depois de casados”, “ele agradava aos meus pais”, etc. Ter cuidado também com a pressão social e familiar, com a tendência a idealizar o outro, a sonhá-lo, com a dependência sexual que se instala rapidamente.

Com efeito, a escolha é uma decisão que compromete toda a nossa vida, a do outro ou a dos filhos que poderiam vir. Por esta razão, podemos dizer que o casamento, se é ponto de partida para a vida em comum, é também o ponto mais alto de uma caminhada a dois no decurso da qual houve o reconhecimento do outro como aquele que foi feito para nós.

Testemunho

Antes de nos conhecermos, qualquer um de nós tinha o desejo de fundar uma família e de permanecer puro no nosso coração e no nosso corpo, na espera do outro. Isto não nos impedia de procurar a alma gêmea, e de nos fazermos regularmente a pergunta: Será este? Será esta?

Já nos conhecíamos há quatro anos, tínhamos feito vários passeios em conjunto, porque pertencíamos ao mesmo grupo de amigos, sem que nada se tivesse tornado claro nem para um, nem para outro: cada um de nós tinha o seu espírito voltado para outros. Depois, um belo dia, sem que saibamos explicar porquê, nem como, e permanecendo as nossas buscas sem resultado, tudo se tornou claro e se encadeou de uma maneira tão natural e tão simples, que percebemos rapidamente que éramos feitos um para o outro. A nossa aproximação de repente tornou-se normal, de uma evidência clara.

Enquanto éramos só amigos, a nossa intimidade, a nossa atração pelo outro, a nossa atenção cresciam. Tivemos realmente a impressão de um presente que se recebe, e não de algo que se toma. Foi assim que ficamos noivos, depois casamos: é uma bela aventura de amor, que durará toda a nossa vida.

Michel e Véronique

 
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