Archives

Crepúsculo.Já ouviu falar?

Crepúsculo.Já ouviu falar?

Numa noite de verão de junho de 2003, enquanto dormia com o marido e os três filhos em sua casa no subúrbio de Phoenix, nos Estados Unidos, Stephenie Meyer, então com 29 anos, sonhou com o encontro romântico entre uma adolescente e um vampiro num anoitecer chuvoso.
Na manhã seguinte, segundo seu relato, deixou de ser uma típica dona de casa para se tornar escritora.

Em três meses, escreveu as 416 páginas de “Crepúsculo”, primeiro de quatro volumes da saga, maior fenômeno literário desde Harry Potter,o “menino Bruxo.”

Nos livros da saga, a fórmula de Stephenie é converter histórias de terror em romances adocicados. Seus vampiros não tem dentões pontiagudos, não mordem e não há sangue no canto da boca. A ação é desacelerada para dar lugar ao drama humano que conduz à narrativa. Tudo apimentado pela tensão erótica velada entre os dois personagens.

Os livros da Série “Crepúsculo” já venderam mais de 25 milhões de cópias em todo o mundo, com traduções em 37 línguas diferentes.

Assim como a saga Harry Potter, Crepúsculo também tem como inspiração o ocultismo e têm atingido uma quantidade enorme de adolescentes, principalmente garotas.

Esse fenômeno nos deixa reflexivo:

O fato de uma obra que mexe com o sobrenatural fazer tanto sucesso revela o que nós já sabemos: os jovens têm sede de Deus, embora procurem em locais tão variados, como as drogas, participação em tribos exóticas ou leituras como essa;

Por outro lado percebe-se a superação da fronteira que antigamente existia entre o bem e o mal, aquela fronteira que tínhamos de forma mais ou menos clara quando éramos crianças, que nos protegia, mesmo que mais por medo do que por convicção cristã.

O relativismo tem esvaziado o sentido da verdade e tem conduzido a juventude a buscar experiências esvaziadas de sentido “mas que emocionam” e que prendem pelo suspense e aventura.

É verdade que a grande maioria não vê nenhum problema em uma obra de ficção que tem como personagem um “vampiro”, até porque, como ouvi em recente pregação sobre o assunto de algumas jovens, que me cercaram pós ensino: ”Vampiro não existe… é só um romance… todo mundo tá lendo…”

A autora é americana, mórmon, casada com um pastor desta denominação não cristã.

Sua a obra é mais uma que vai na mesma direção de negar o mal do ocultismo esvaziando-o de religiosidade e apresentando personagens simbolicamente e culturalmente associados a ocultismo, como vampiros e lobisomens, quase humanos, que interagem com personagens normais e que amam!

Na pregação citada acima, perguntei aos jovens se eles sabiam quem eram os vampiros e a maioria não sabia.

Perguntei-lhes porque os vampiros não suportam a luz nem símbolos cristãos como o crucifixo, porque dormem de dia e saem só à noite. Porque dormem em caixões mortuários. Nenhum sabia.

Na verdade a obra procura “revisar” todo o significado do vampirismo já que apresenta vampiros “vegetarianos”,que se alimentam só de sangue animal,não humano,apesar de na obra existirem vampiros que se alimentam de sangue humano,dando a entender que existem vampiros “bons”,que “se controlam.”Também procura retirar a conotação religiosa,não fazendo menção de crucifixos.No filme,por exemplo,se vê que na casa dos vampiros vegetarianos tem uma cruz,dentro da casa,bem grande como que a mostrar que esse tipo de antagonismo deixou de existir,o ator principal do filme vive em crise de identidade,sentido-se “assassino”por ter outrora matado para se alimentar…Os vampiros do “crepúsculo” tem até crise de consciência.

Pela perca do sentido da fé isso não tem nenhuma importância para a maioria dos jovens.

Além da fé,também a perca ou desconhecimento da realidade espiritual por detrás de temas como este.(confira Efésios 6,10)

Não faz muita diferença que existam tribos de jovens identificados com os vampiros, aqui em Fortaleza, já abordados e evangelizados por nós aqui do Shalom,

Que existem hoje especialistas em vampiros” veja:
http://www.contonoturno.hpg.com.br/entrevista/robertogoldkorn.html;

Que, paralelamente a compreensão sensata de que, de fato os vampiros sejam figuras mitológicas, no entanto existe também de fato o tal do “vampirismo real”, feita por pessoas que “se descobrem vampiros”, que gostam de sangue.. E o bebem!!

Se tiver estômago, coloque no Google “vampirismo real” e encontrará 808 mil respostas! É inacreditável porém REAL ! se quiser ler algum link,Prepare-se!

Esse “glamour” por vampiros é Demoníaco e um jovem verdadeiramente cristão não pode nem deve perder seu tempo lendo “Crepúsculo”, embora não exista nada demais em ler algumas obras de ficção, desde que fique clara a separação da verdade e da mentira e que não mexam com realidades associadas ao Mal, de forma tão explicita ou não neguem positivamente os valores de nossa cultura cristã.

A visão mais antiga dos vampiros, no nosso tempo de criança, era mais” honesta”, pois falava dessas figuras míticas, morando em castelos europeus, (hoje eles são americanos, “filhos” da matriz cultural do mundo, exportadora de Halloweens e conceitos anti evangélicos) eram seres malignos, porém sempre derrotados no final, pela força da cruz ou da estaca no peito. Tínhamos medo! Os vampiros de hoje, pelo menos os da TV e cinema não geram medo. Não são maus…

O problema de obras como essa e como Harry Potter é o rompimento da luz e das trevas. Não existe mais a separação do mundo sobrenatural e natural, tudo é uma coisa só; verdade e mentira não existem, é minha “crença e o uso desta crença ”que faz as coisas serem boas ou más.No Crepúsculo convivem com tensão os vampiros que se alimentam de sangue animal e vampiros que se alimentam de seres humanos.O alimento muda mas a essencia é a mesma.

No caso do Harry Potter, por exemplo, os seus defensores dizem que a bruxaria no filme tem dois lados e que a questão não é a bruxaria, mas é o uso da bruxaria que a torna boa ou má, esquecendo que a bruxaria, intrinsecamente é um conceito mau, anti evangélico, mesmo que se tenha a intenção de usá-la para o bem, já que, sabemos, o fim bom não justifica o uso de um meio mal.

Crepúsculo é apresentado dentro de um romance, muito bem escrito, que enriquece a autora e empobrece os leitores. A luz e as trevas são uma coisa só, não existe mais a fronteira definida, fundamental para um posicionamento critico e cristão.

É engraçado que para o mundo de hoje ter conceito sobre a verdade e mentira é visto sempre como um sinal de “pré “conceito ou exagero. Em um mundo onde a “verdade” vai para um lado a outro segundo as conveniências,ter firmeza de opinião é ser “fanático”.

Na realidade, como cristãos, precisamos ter conceitos definidos e claros, alicerçados na revelação, nas Sagradas Escrituras e no Magistério da Igreja. Não podemos ser vítimas fáceis das modas de “Potter´s” – já sendo esquecido, porém deixando o rastro de abertura para “Crepúsculos e afins”..

Talvez até, para quem nos ler, o assunto “vampirismo” pareça marginal, mas, faça uma experiência e coloque no Google a palavra “vampiro” e você verá três milhões e oitocentos mil resultados de busca com essa palavra. Se somar “vampiros reais” com “vampiros imagens” teremos mais de seis milhões de resultados …O termo “vampiro” tem mas resultados no Google do que o termo “Jesus Cristo”,com três milhões trezentos e quarenta mil !!

E nossos jovens, o que fazer?

Bem.. Eles estão à procura.. são belos em sua busca da verdade,precisam que lhes apresentem Jesus Cristo,como resposta para os seus anseios de eternidade e de sentido.

São pegos pela cultura circundante, que os atingem no vazio da ausência de formação cristã; de nossas famílias que pecam pela ignorância e de nossa incapacidade de acompanhar “as novidades”, não tão novas assim, deste mundo, que continua indo desorientado em busca da verdade.

Blog Shalom - Carmadélio


O HOMEM CHEGOU À LUA? NÃO ACREDITO...

O HOMEM CHEGOU À LUA? NÃO ACREDITO...
  • O homem chegou à lua? Não acredito...
    Não acredito que ele chegou à lua e não consegue chegar no sacrário de sua paróquia. Não acredito que ele comemora 40 anos dos primeiros passos no satélite natural da terra e não faz festa nos 2000 anos dos passos de Deus no mundo. Não acredito.

    Recuso-me acreditar que o ser humano acredita que o homem subiu e deu passos na lua e não acredita que Deus desceu e deu passos na terra. Que inteligência é esta, meu Deus. Que "sem noção" o homem se tornou. Ele comprou nas lojas americanas o DVD do Neil Armstrong dando pulinho no espaço e diz que o filme do Mel Gibson é "muito forte".

    Eu Não consigo acreditar que os filhos de Deus festejam as promoções humanas e não faz festa para o Santíssimo Sacramento.

    Será que dá para acreditar mesmo que o homem chegou à lua? Se ele não tem paciência de adorar Jesus por 25 minutos no sacrário teria paciência de viajar horas para chegar aonde não existe ninguém? Onde está o tesouro do coração humano? Onde o homem resolveu fazer suas descobertas? Porque, Senhor, teus filhos insistem em permanecer longe de você? Porque o maior de todos os eventos não é reconhecido pelos teus prediletos? E pensar que para chegar até Deus eu não preciso nem de bicicleta.

    Criem seus foguetes, homenzinhos. Cresçam e apareçam. E tentem encontrar o Deus escondido.
  • Os 10 melhores filmes

    * Os 10 melhores filmes atuais do ponto de vista espiritual

    Segundo o diretor do Departamento de Cinema do arcebispado de Barcelona

    Como todos os anos, o Prof. Peio Sánchez, diretor do Departamento de Cinema do arcebispado de Barcelona (Espanha), oferece sua avaliação sobre os 10 melhores filmes do ponto de vista espiritual.

    Sánchez afirma que, ao fazer este elenco, ele o apresenta “como um material válido para a recuperação educativa e pastoral através do DVD. (…) Parece-nos hoje imprescindível escolher bem o que vemos para sermos pessoas melhores. E acreditamos que esse tipo de cinema convida a aprofundar nos grandes interrogantes, propõe um olhar aberto ao mistério de Deus”.

    1. Gran Torino (2008), Clint Eastwood

    “Em Gran Torino, Clint Eastwood soube contar uma história simples com uma enorme força dramática, apresentando temas espirituais de fundo, como o sentido do perdão, a redenção como sacrifício e o caminho da conversão. E do ponto de vista cristão, não somente apresenta uma imagem positiva da Igreja, representada no Pe. Janovich, mas também oferece uma poderosa imagem crítica nas decisões finais do protagonista.”

    2. Jornada pela liberdade (2006), Michael Apted

    “Esta homenagem a William Wiberforce – um parlamentar da Câmara dos Comuns, que dedicou, desde a sua juventude, sua atividade política à luta contra a escravidão e as injustiças sociais – apresenta-se com uma magnífica produção e uma série de atuações excepcionais. Marcada profundamente pela perspectiva social cristã, é um filme imprescindível para conhecer a força ética do Evangelho e sua herança em nossa cultura.”

    3. Katyn (2007), Andrzej Wajda

    “Surpreendente filme do mestre polonês Andrezej Wajda. Este testamento fílmico do genocídio de Katyn, perpetrado pelo comunismo soviético em 1940, afetou pessoalmente o diretor, já que seu pai era um dos 20 mil oficiais e cidadãos poloneses assassinados. Narrada a partir da perspectiva dos sobreviventes, especialmente mulheres, é um hino à reconciliação, da memória que busca a verdade. A fé católica é mostrada com intensidade em diversos momentos, mas de forma mais contundente nos últimos minutos.”

    4. Quem quer ser um milionário? (2008), Danny Boyle

    “O diretor Danny Boyle, de formação e convicções cristãs, soube contar uma dura história sobre a superação da miséria à vitória. Narrado como um conto de fadas, acompanha a história de três garotos que nascem nas barracas de Calcutá e como, a partir do protagonista Jamal, verão o triunfo da bondade e do amor, muito além da injustiça e da violência. A história nos apresenta uma intriga que move o espectador à esperança e que convida a reconhecer a presença da Providência, que acompanha os acontecimentos respeitando a liberdade, mas estimulando a bondade.”

    5. O visitante (2007), Thomas McCarthy

    “É a história de uma visita gratuita na qual se vê envolvido um obscuro professor universitário, genialmente interpretado por Richard Jenkins, que, após ficar viúvo, vive sem sentido e cuja vida se transformará em seu encontro com Tarek. Este sírio, que carrega a perseguição em seu coração, representa a alegria e a vontade de viver que faltam ao protagonista. Neste itinerário de transformação, veremos como cresce nele a sensibilidade e o compromisso, a capacidade de amar e o exercício responsável da liberdade. Um filme que, além do mais, é um grito contra a injustiça das leis migratórias.”

    6. A caixa de Pandora (2008), Yesim Ustaoglu.

    “O mal de Alzheimer da avó abrirá a caixa de Pandora da uma família que vive às margens da infelicidade, como se uma maldição caísse sobre eles quando a anciã, uma genial Tsilla Chelton de 89 anos, desaparece de casa. Com esta fuga, começa uma viagem rumo à verdade que envolverá todos eles, quando vão a uma aldeia de montanha na costa do Mar Negro. A lucidez da demência não conseguirá dobrar o desvario dos instalados na comodidade ou no fracasso; mas conseguirá mover os que sentem que a vida vai muito além e que sempre estão dispostos a subir uma montanha, ainda que as forças já sejam escassas. Uma aliança na qual os mais velhos transmitem a esperança aos mais jovens.”

    7. A partida (2008), Yojiro Takita

    “Daigo, um violoncelista desempregado, descobre sua vocação quando abandona Tóquio com Mika, sua mulher, e vai à cidade e à casa em que viveu sua infância. Um processo lento e surpreendente o converterá em um especialista em nôkan, ritual mortuário japonês que supõe uma recordação do defunto desde o ato de embalsamento. Em sua aprendizagem, vão se cruzando várias histórias de reconciliação dos vivos com os mortos e ele irá, pouco a pouco, abrindo sua própria história a um caminho de pacificação. O filme nos permite contemplar a morte com uma perspectiva diferente.”

    8. O curioso caso de Benjamin Button (2008), de David Fincher

    “Baseada em uma novela de F. Scott Fitzgerald, conta a vida singular de Benjamin: um estranho bebê que nasce sendo idoso e que, com o passar do tempo, acabará transformando-se em um bebê. Este estranho personagem, que terá um corpo que cresce ao contrário do seu espírito, oferece-nos um personagem que amadurece de uma forma diferente e que também terá que amar Daisy – seu fiel e verdadeiro único amor – de uma forma diferente, ainda que não por isso impossível.”

    9. Le Hérisson (2009), Mona Achache

    “Adaptação do famoso livro de Muriel Barbery, ‘A elegância do ouriço’, e que supõe o primeiro longa-metragem da diretora francesa Mona Achache. Baseia-se no contraste de dois personagens: por um lado, uma menina com um rico a inteligente mundo interior; por outro, a porteira do número 7 da rua Grenelle, uma mulher descuidada e um pouco antipática. Mas ambas terão um segredo que virá à tona com a chegada de Kakuro Ozu, um elegante viúvo japonês. Esta revelação servirá de desculpa para compreender o segredo profundo das pessoas e como às vezes o essencial não está nas aparências.”

    10. Rio congelado (2008), de Courtney Hunt

    “História sobre a resistência e a amizade de duas mulheres que começam em conflito, mas que criarão um profundo laço de solidariedade que tem como origem comum uma maternidade transcendida e o desejo de amar inclusive acima de suas forças. Dirigido por Courtney Hunt, apresenta os personagens com grande veracidade. A dureza e a desolação nas imagens nos permitem encontrar na alma das protagonistas uma generosidade desmedida, que devolve a confiança no ser humano, inclusive nas situações de solidão e limite que enfrentam.”

    Zenit

    A Cabana.De qual deus fala o livro?

    A Cabana.De qual deus fala o livro?

    Já ouviu falar do Livro ” A Cabana”?

    Pois é, recebi uma análise bem interessante do livro de alguém que leu e percebeu muita coisa contraria à fé católica.Como esse livro tem sido muito comentado e muita gente boa tem lido,estamos publicando a análise para nos ajudar a:

    - Perceber nas entrelinhas do livro,ou em outros que venhamos a ler,a ideologia de esvaziamento de pontos essenciais de nossa fé católica;

    - Ajudar-nos a perceber nossa atitude diante daquilo que lemos, principalmente em obras de cunho religioso ou “auto ajuda”, que adentram na dimensão espiritual/espiritualista que interessam a nós católicos;

    - Ajudar-nos a despertar o senso critico – não neurótico, mas atento – para filtrar à luz de nossa fé aquilo que vale a pena ler ou não. A oferta hoje é tamanha que exige de nós critérios para não perder tempo,nem dinheiro, com aquilo que nada acrescenta de consistente à nossa fé ou a nossa vida;

    Ás vezes impressiona a Incapacidade que muitos tem de não perceber, dentro daquilo que estão lendo, onde tem verdade ou não.Alguns não conseguem ver nada errado onde qualquer olhar mais atento percebe tudo!

    Estará em cor o diálogo de análise e questionamento com algumas colocações feitas no livro.

    A proposta não é analisar todo o livro mas apenas algumas partes na esperança que possa despertar naqueles que ainda vão ler,se tiverem “estômago”, uma nova percepção e naqueles que já leram uma confirmação daquilo que provavelmente haviam percebido.

    Desnecessário se faz dizer que a análise foi feita a partir da fé católica, o que poderá tornar algumas colocações não muito claras para quem não está razoavelmente por dentro da doutrina básica de nossa fé.

    De qualquer forma ,é bem interessante..

    Pelo tamanho,iremos postar aos poucos..

    ***

    ” A cabana”- análise do livro sob ótica católica.

    1. O livro é muito bem escrito e atraente no seu enredo simples, no assunto e no estilo. A linguagem, porém, com algumas citações bíblicas feitas de formas indiretas, traz uma profusão de sofismas capaz de iludir o leitor menos atento. (lembro que a “metodologia” do sofisma, muito utilizado na filosofia grega antiga, consiste em tomar uma verdade ou duas verdades e combiná-la com uma ou mais inverdade de formas que tudo pareça verdadeiro ou que tudo pareça falso, de acordo com o objetivo de quem sofisma). O livro traz em seu próprio enredo incoerências entre a trama e o que é dito pelas “pessoas” da “trindade”.
    2. a editora do mesmo (e isso é muito importante ao comprar ou ler um livro dedica-se a livros de auto-ajuda ou assuntos não comprovados nem pelo próprio livro nem pela ciência, teologia e, por vezes, o bom-senso). É bastante ler a lista dos seus “clássicos”, na ultima página do livro. A exceção é O Monge e o Executivo.

    O livro conta a história de um homem que, em um acampamento nas montanhas com os filhos tem sua caçula seqüestrada e morta enquanto está sob a água, tentando salvar um outro filho, que se afogava sob um bote. Após quatro anos de tristeza e desilusão, recebe uma carta de Deus, que se apresenta como Papai convidando-o a voltar à cabana onde o crime contra sua filha havia sido cometido. Relutante, aceitou.

    Até aqui, nada anormal. A ficção, afinal, dá direito a todo tipo de imaginação. O inadequado começa quando este homem, Mack, encontra a “trindade” na cabana. Naturalmente, como autor, Young goza o direito de utilizar sua imaginação, sua bela linguagem, suas descrições do Pai como uma senhora negra que cozinha, o Filho como um judeu cujo nariz enorme o deixa feio e o Espírito como uma moça asiática feita de luz.

    Ele tem o direito, sim, de imaginar a trindade como um autor leigo ignorante da boa teologia e eclesiologia e influenciado pela Nova Era, pelo Espiritismo e pelo Relativismo. Nós é que temos o dever de distinguir o que é bom do que não é. A narrativa é tão envolvente, que os deslizes de Young quanto à fé, a eclesiologia e a moral podem passar desapercebidos para a pessoa mais bem formada. Vejamos alguns:

    I. O PAI

    1. O Papai é apresentado como uma mulher (Young parece decidido a quebrar todos os paradigmas) e chamado de papai durante todo o livro, tanto pelo Filho e pelo Espírito, quanto por Mack. Sabemos que João Paulo II afirma que Deus é Pai e Mãe quanto ao cuidado, ao coração misericordioso, as entranhas de misericórdia, tão típicas de uma mãe. Entretanto, o Deus que Jesus nos veio revelar é o Deus que é Pai, ainda que afirme em Mt 5 que Ele tem entranhas de mãe. A justificativa do “pai” para apresentar-se como mulher é o fato de Mack ter rejeição ao seu pai biológico (p. 83). Esta mulher, entretanto, não é mãe, mas pai. Seus afazeres são, segundo ela mesma, de cozinheira e governanta. Este pai mulher traz as cicatrizes de Jesus, como se o Pai não fosse puro espírito, mas tivesse um corpo de homem, isso é, de mulher.
    2. Em um esforço de fazer “deus mais perto de nós”, o autor acaba por esbarrar no grotesco. Além da descrição do Pai como uma enorme negra que se auto-intitula governanta-cozinheira e traz cicatrizes no corpo (???), destacam-se algumas situações especiais. Perguntado por Mack sobre que música estava ouvindo, respondeu:

    ” Um barato da Costa Oeste. É um disco que ainda nem foi lançado, chamado Viagens do Coração, tocado por uma banda chamada Diatribe . Na verdade – ela piscou para Mack – esses garotos ainda nem nasceram.

    - É mesmo, reagiu Mack bastante incrédulo. – Um barato da Costa Oeste, hein? Não parece muito religioso.

    - Ah, acredite: não é. É mais tipo funk e blues eurasiano com uma mensagem fantástica. – Ela veio bamboleando na direção de Mack, como se estivesse dançando, e bateu palmas. Mack recuou. (!!!)

    - Então Deus ouve funk?

    - Ora, veja bem, Mackenzie. Você não precisa ficar me rotulando. Eu ouço tudo e não somente a musica propriamente dita, mas os corações que estão por trás delas.”(p. 81) ( os rótulos são especialmente detestados na nova era e no relativismo)

    1. O “pai” dá uma explicação completamente esdrúxula para ter-se revelado como pai e não como mãe:

    “…assim que a Criação se degradou, nós soubemos que a verdadeira paternidade faria muito mais falta do que a maternidade. Não me entenda mal, as duas coisas são necessárias, mas é essencial uma ênfase na paternidade por causa da enormidade das conseqüências da função paterna”(p. 84). Creio que tal absurdo dispensa comentários. O autor não leva em conta o que a Bíblia e a Igreja dizem da missão do homem, do pai, da mulher e do homem na criação, na família, na sociedade. Aliás, esta é uma das características do livro. Não lhe importa o que diz a Palavra ou a Igreja e esta, como todas as instituições, são desprezíveis aos olhos da “trindade”, que orienta Mack a desprezá-las.

    1. Ao definir o que Ele é, desautoriza o que os homens pensam e definem dele (embora não cite diretamente a Igreja e os teólogos, fica implícito pelas palavras que usa). No final, felizmente diz que é “acima e além de tudo o que você possa perguntar ou pensar.”(p. 88)
    2. Na página 89, o pai faz uma afirmação capaz de fazer tremer os céus: “Quando nós três penetramos na existência humana sob a forma do Filho de Deus, nos tornamos totalmente humanos. Também optamos por abraçar todas as limitações que isso implicava. Mesmo que tenhamos estado sempre presentes nesse universo criado, então nos tornamos carne e sangue. Seria como se este pássaro, cuja natureza é voar, optasse somente por andar e permanecer no chão. Ele não deixa de ser pássaro, mas isso altera significativamente sua experiência de vida.” E continua a confusão teológica sobre 3 Pessoas em um só Deus dizendo: “Ainda que por natureza Jesus seja totalmente Deus, ele é totalmente humano e vive como tal (!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!) Ainda que jamais tenha perdido sua capacidade inata de voar, ele opta, momento a momento, por ficar no chão. Por isso (!!!!!!) seu nome é Emanuel, Deus conosco, ou Deus com vocês, para ser mais exata.” De uma tacada só, além de destruir o dogma da Santíssima Trindade, (somente o Filho se faz homem e, embora as outras duas pessoas estejam com ele e nele, não se pode dizer que os três se fizeram homem) atinge a união hipostática e a profecia de Isaías. A impressão que dá é que o autor “ouviu o galo cantar, mas não sabe onde”. Por mais que se queira justificar tais afirmações com o fato da intenção do autor não ser teológica, ele insiste, como outros autores de livros metade cristãos-metade autoajuda, em colocar o Evangelho, a Palavra e a Igreja a serviço de sua idéia e objetivo e não o contrário.
    3. Depois, infelizmente, vem algo ainda pior, que fazemos questão de transcrever:

    “- Mas, e todos os milagres? As curas? Ressuscitar os mortos? Isso não prova que Jesus era Deus… você sabe, mais que humano?

    - Não, isso prova que Jesus é realmente humano.

    - O que?

    - Mackenzie, eu posso voar, mas os humanos, não. Jesus é totalmente humano. Apesar de ele ser também totalmente Deus, nunca aproveitou sua natureza divina para fazer nada. Apenas viver seu relacionamento comigo do modo como eu desejo que cada ser humano viva. Ele foi simplesmente o primeiro a levar isso até as últimas instâncias: o primeiro a colocar minha vida dentro dele (??) o primeiro a acreditar (??) no meu amor e na minha bondade, sem considerar aparências nem conseqüências. (Tal comentário, além de dizer que Jesus precisava da virtude TEOLOGAL da fé, deixa de fora todos os profetas, todos os patriarcas, João Batista, José e Maria. Desclassifica tudo o que Jesus fez, não somente os milagres, mas o milagre maior do amor de total entrega na Cruz e na Eucaristia).

    - E quando curava os cegos?

    - Fez isso como um ser humano dependente e limitado que confia na minha vida e no meu poder de trabalhar com ele e através dele. Jesus, como ser humano, não tinha poder para curar ninguém.” (p. 90). Este é mais um golpe inacreditável na união hipostática, mas consegue piorar no parágrafo seguinte:

    “- Só quando ele repousava em seu relacionamento comigo e em nossa comunhão, nossa comum-união, ele se tornava capaz de expressar meu coração e minha vontade em qualquer circunstância determinada. Assim, quando você olha para Jesus e parece que ele está voando, na verdade ele está… voando. Mas o que você realmente esta vendo sou eu, minha vida nele. É assim que ele vive e age como um verdadeiro ser humano, como cada humano está destinado a viver: a partir de minha vida“(p. 90). Este é um dos sofismas mais disfarçados e sutis do livro, o que torna a afirmação aparentemente verdadeira para os mais distraídos, mas totalmente absurda para alguém mais atento: uma verdade – cada ser humano é chamado (não destinado!) e várias inverdades, a partir da primeira linha (então quer dizer que Jesus ora “repousava em seu relacionamento com Deus e Sua vontade, ora não??? Este raciocínio mentiroso é coroado com uma ultima inverdade: Jesus vive e age como verdadeiro ser humano. NÃO É ISSO o que Jesus quis dizer quando afirma que faz o que vê o Pai fazer, que aprendeu tudo do Pai, que Ele e o Pai são um! Jesus É totalmente homem e totalmente Deus e é um com o Pai, gerado, não criado, Deus de Deus, Luz da Luz, Deus verdadeiro de Deus Verdadeiro.

    Em um dado momento, o mesmo Pai, que nos pede para não chamar o irmão de “Racca”, sob pena do fogo do inferno (Mt 5), diz:

    “- Homens! algumas vezes são tão idiotas!”

    Ele não podia acreditar.

    _ Ouvi Deus me chamar de idiota? – gritou pela porta de tela.

    Viu-a (”ela” é Deus) dar de ombros antes de desaparecer na virada do corredor. Depois ela (o “pai”) gritou em sua direção:

    - Se a carapuça serve, querido. Sim, senhor, se a carapuça serve…”

    CONTINUA, próximos posts…………………………………………..

    Continuação da análise do livro ” A Cabana”,sob a ótica da fé Católica.

    II. O FILHO

    1. O Filho se apresenta como um judeu envolvido em sua carpintaria e com Mack e ri quando este diz que ele é feio, afirmando que, realmente, é feio e tem o nariz grande como os ancestrais masculinos de sua mãe. (p. 102) Sabemos que em Deus não há nada que não seja beleza, verdade, luz, vida e ainda que todos os ancestrais de Nossa Senhora fossem feios e narigudos, isso não seria característica do Filho.
    2. Acerca da inabitação, diz o livro:

    “- Meu propósito, desde o início, era viver em você e você viver em mim.

    - Espere, espere. Espere um minuto. Como isso pode acontecer? Se você ainda (???) é totalmente humano, como pode estar dentro de mim?

    - Espantoso, não é? É o milagre de Papai. É o poder de Sarayu (Esp. Sto), meu Espírito, o Espírito de Deus que restaura a união que foi perdida há tanto tempo. Eu? A cada momento eu escolho viver totalmente humano (????) Sou totalmente Deus, mas sou humano até o âmago. Como disse, é o milagre do Papai. (p. 103)

    3. Milagre ou diversão?

    Embora seja um deslize pequeno, quase uma utilização literária de uma passagem das Escrituras, o evento de Jesus e Mack caminharem sobre as águas contradiz o Evangelho. Sabemos o quando Jesus se aborrecia quando as pessoas pediam sinais e o quanto a Igreja insiste em dizer que Jesus sempre tinha um objetivo claro em seus milagres. Este de caminhar sobre as águas foi crucial para Pedro e para o entendimento da Igreja como uma barca. Como disse, entretanto, é um deslize pequeno diante dos outros.

    III. O ESPÍRITO SANTO

    O Espírito Santo é uma moça asiática etérea, irrequieta e colorida, que leva as pessoas a se sentirem bem, em paz, aliviadas, mais que amarem a Deus e aos irmãos. Não tem nenhuma relação com a Igreja, assim como o Pai. Nega que a Bíblia traga regras, mandamentos ou conselhos, como veremos abaixo. Ele é como que o “responsável” por fazer o homem livre de toda regra, obediência ou mandamento bíblico ou da Igreja. Ou seja, tem papel exatamente contrário ao do verdadeiro Espírito Santo!

    IV. UM DEUS ANARQUISTA?

    Oposição entre amor, relacionamento e poder, hierarquia e autoridade: um Deus anarquista?

    Este tema desenvolve-se sutil e lentamente ao longo do livro e acabará por opor toda instituição ao amor e relacionamento, o que se tornará crítica explícita à Igreja e à religião. O tema já aparece antes da página 97, mas retorna aqui:

    “Os relacionamentos não têm nada a ver com poder. Nunca! E um modo de evitar a vontade de exercer poder é escolher se limitar e servir. Os humanos costumam fazer isso quando cuidam dos enfermos, quando servem os idosos, quando se relacionam com os pobres, quando amam os muito velhos e os muito novos, ou até mesmo quando se importam com aqueles que assumiram uma posição de poder sobre eles.” (97) Depois da primeira frase, todas as frases são corretas, o que parece dar legitimidade à primeira, mas é um paradoxo com a ultima.

    Outro texto sobre o mesmo tema:

    “- os humanos estão tão perdidos e estragados que para vocês é quase incompreensível que as pessoas possam trabalhar ou viver juntas sem que alguém esteja no comando.

    - Mas qualquer instituição humana, desde as políticas até as empresariais, até mesmo o casamento, é governada por esse tipo de pensamento. É a trama do nosso tecido social – declarou Mack.

    - Que desperdício! Disse Papai, pegando o prato vazio e indo para a cozinha.

    - Esse é um dos motivos pelos quais é tão difícil para vocês experimentar o verdadeiro relacionamento – acrescentou Jesus. – Assim que montam uma hierarquia, vocês precisam de regras para protegê-la e criando algum tipo de cadeia de comando que destrói o relacionamento ao invés de promovê-lo. Raramente vocês vivem o relacionamento fora do poder. A hierarquia impõe leis e regras e vocês acabam perdendo a maravilha do relacionamento que nós pretendemos para vocês. (Em Gn 1, Deus já estabelece uma hierarquia entre o homem e o criado, o que define inclusive o tipo de relacionamento entre eles e o tipo de responsabilidade do homem quanto à criação – mais tarde, no livro, a responsabilidade também será questionada)

    - … Então nós fomos seduzidos por essa preocupação com a autoridade?

    - De certo modo, sim – respondeu Papai, passando o prato de verduras para Mack… -

    Sarayu continuou:

    - Quando vocês escolhem a independência nos relacionamentos tornam-se perigosos uns para os outros. As pessoas se tornam objetos a serem manipulados ou administrados para a felicidade de alguém. A autoridade, como vocês pensam nela, é meramente a desculpa que o forte usa para fazer com que os outros se sujeitem ao que ele quer.” (puro relativismo e nova era, a ser engolido por milhões de pessoas no mundo inteiro sob a autoridade do nome de Deus!)

    Mais tarde, na pág 122, Sarayu diz que essa conversa relacionava-se com a árvore da vida!!!

    Desta forma, critica o próprio Deus que, segundo o então Cardeal Ratzinger, proíbe o homem de tocar na árvore do bem e do mal e na árvore da vida exatamente para definir a relação de autoridade e obediência e impor ao homem limites que, obedecidos, o teriam salvaguardado do pecado. Lendo Gen 1, 2 e 3, onde se estabelecem as primeiras regras, hierarquia e instituições, pode-se dizer tudo, EXCETO que Deus não se relacionava com o homem!!!

    Na página 135, há uma afirmação sobre as mulheres e o poder, o que poderia parecer ser simplesmente uma tentativa de quebrar paradigmas, já que não se repete depois. É Jesus quem fala:

    “- O mundo, em vários sentidos, seria um lugar muito mais tranqüilo e gentil se as mulheres governassem. Haveria muito menos crianças sacrificadas aos deuses da cobiça e do poder. (esta é uma idéia feminista das mais radicais. Segundo ela, a mulher é superior ao homem em vários campos e têm uma percepção do universo mais espiritual. Tal idéia é um primeiro passo para a defesa do aborto e a retirada do sentimento de culpa das mulheres com relação a ele. Por isso, muitos governos colocam mulheres à frente de processos de legalização do aborto).

    Mack continua:

    - Então elas teriam realizado melhor esse papel.

    - Melhor, talvez, mas ainda assim não seria suficiente. O poder nas mãos dos seres humanos independentes, sejam homens ou mulheres, corrompe. Mack, você não vê que representar papéis é o contrário do relacionamento?” (mais uma vez, duas idéias não verdadeiras (mulheres no governo fariam um mundo melhor e representar papéis é o contrário do relacionamento) se apóia em uma verdadeira ( o poder nas mãos dos seres humanos independentes, sejam homens ou mulheres, corrompe).

    A pouca relevância do parágrafo acima no contexto do livro, torna-se aberrante na passagem abaixo, quando Mack diz:

    “- Mas você veio na forma de homem. Isso não significa alguma coisa?

    - Sim, mas não o que muitos imaginam (??? Indireta aos teólogos, aos estudiosos da Palavra?). Vim como homem para completar a imagem maravilhosa de como fizemos vocês. Desde o primeiro dia escondemos a mulher no homem, de modo que na hora certa pudéssemos retirá-la de dentro dele. Não criamos o homem para viver sozinho. A mulher foi projetada desde o início. Ao tirá-la de dentro dele, de certa forma ele a deu à luz. Criamos um círculo de relacionamento como o nosso, mas para os humanos. Ela saindo dele e agora todos os homens, inclusive eu, nascidos dele, e tudo se originando ou nascendo de Deus.“(P. 135) O Magistério de João Paulo II e Bento XVI, nos tem dado fundamentação de sobra para vermos que a proposta do livro é absurda. Primeiro, a Palavra diz que Deus criou a mulher a partir do homem adormecido. Segundo, o fato de o homem “dar à luz” não o faz semelhante à mulher e muito menos a Deus. Terceiro, essa narrativa esdrúxula jamais remeteria ao homem e à criação nascendo de Deus, que criou tudo do nada!!!!!!!

    Infelizmente, a má interpretação continua nos parágrafos seguintes, p. 136:

    “- Ah, entendi – exclamou Mack, interrompendo…- se a mulher fosse criada primeiro não haveria um círculo de relacionamento e não se tornaria possível um relacionamento totalmente igual, cara a cara, entre o homem e a mulher. Certo? (Sabemos bem o que diz o Magistério sobre o homem e a mulher face a face na interpretação de Gn 2). Note-se que a afirmação de Mack é totalmente sem lógica. Então o homem precisava “parir” a mulher para que ambos fossem iguais?? Espantoso, além de inspirado em mitologias pagãs.

    - Certíssimo Mack. (…) Mas sua independência, com busca de poder e de realização, na verdade destrói o relacionamento que seu coração deseja.

    - Aí está de novo (…) a questão sempre volta ao poder e a como ele é oposto ao relacionamento que vocês tem entre si. “(136). Novamente, temos aqui o pecado original, o fruto da árvore do bem e do mal como busca de independência e poder (um pecado relacional!) e não como o pecado pessoal da rebeldia contra Deus, do orgulho e egoísmo (pecado que tira Deus do centro e diz respeito ao interior de cada um, embora se expresse nas relações). O pecado original, aqui, não é visto como uma queda do homem ou uma rebeldia contra Deus, mas uma concupiscência (que, como sabemos, é resultado do pecado original, e não O pecado original).

    IV – RELATIVISMO

    O relativismo aparece por todo lado no livro. Seria necessário transcrevê-lo quase todo. Aparece na falta de necessidade de obedecer, no fazer o que quiser ao invés de obedecer, no ridículo que é ter responsabilidade. Segundo “Jesus”, no livro, submissão não tem nada a ver com autoridade e obediência, que são conceitos inventados por nós, assim como a responsabilidade e a expectativa (p. 133). O relativismo está presente no “anarquismo” comportamental pregado especialmente no final do encontro de Mack com a “trindade”. Na verdade, poderia resumir a mentalidade do livro, juntamente com “anarquismo”, “individualismo”, utilização irresponsável de sofismas e utilização indevida da Palavra em interpretação pessoal e muito fantasiosa.

    “- Vc não deve fazer nada. Está livre para o que quiser. (…) não se sinta obrigado. Vá se for isso o que você quer fazer.”, diz Jesus (p. 80)

    Como as idéias da moral relativista se espalham por todo o livro, preferimos colocá-las à medida que aparecem de forma mais forte, nos comentários abaixo:

    V. DOUTRINA SOBRE O CÉU E INFERNO

    1. A ênfase sobre uma “trindade” que não exige, que não julga, que não espera nada de nenhum homem, que não nutre expectativas nem lhes impõe responsabilidades nem os purifica (apenas os cura) elimina inteiramente a idéia da purificação do purgatório para ver a Deus (como o livro é escrito por protestante, não se pode esperar isso mesmo), mas também a idéia do inferno. Deus é perfeitamente bom, tolerante e vê o bem do homem como um relacionamento com ele, sem esforço pela santidade, sem purificação para a santidade. Jesus já venceu tudo isso na morte e ressurreição (no livro não se fala de pecado). A única coisa que o homem deve fazer, mas só se quiser, é relacionar-se com a “trindade”, mas sem compromisso de amor, Igreja, sem qualquer instituição, sem responsabilidade, sem expectativas e sem regras, leis ou rituais.

    Um exemplo é quando Jesus diz a Mack:

    “- Só quero que confie em mim o pouco que puder e que cresça no amor pelas pessoas ao seu redor com o mesmo amor que compartilho com você. Não cabe a você mudá-las nem convencê-las, Você está livre para amar sem qualquer obrigação.”

    Na pág 168 se lê:

    “Mack, eu as amo (as pessoas que inventaram os sistemas de poder). E você comete um erro julgando-as. Devemos encontrar modos de amar e servir os que estão dentro do sistema, não acha? Lembre-se, as pessoas que me conhecem são aquelas que estão livres para viver e amar sem qualquer compromisso. (!!!!!!!!!!) (Como amar de acordo com o Evangelho sem compromisso ou responsabilidade? Como seguir Jesus até a cruz, como ser seu discípulo sem compromisso ou responsabilidade? De qual amor o livro fala? Talvez do da Nova Era, do da Era de Aquarius, jamais do amor cristão! Jamais do verdadeiro amor humano!)

    - É isso o que significa ser cristão? – Achou meio idiota ao dizer isso, mas era como se estivesse tentando resumir tudo na cabeça.

    - Quem disse alguma coisa sobre ser cristão? Eu não sou cristão. (na verdade, Jesus era judeu, mas fundou o cristianismo, segundo foram chamados seus seguidores POR CAUSA DELE, o Cristo. Este tipo de afirmação clichê (como muitas outras presentes no livro) engana o leitor incauto e o leva a pensar que ser ou não ser cristão não faz diferença, pois nem Jesus era cristão!)

    A idéia pareceu estranha e inesperada para Mack e ele não pode evitar uma risada.

    - Não, acho que não é.

    Chegaram à porta da carpintaria. De novo Jesus parou:

    - Os que me amam estão em todos os sistemas que existem. São budistas ou mórmons, batistas ou mulçumanos, democratas, republicanos e muitos que não votam nem fazem parte de qualquer instituição religiosa. Tenho seguidores que foram assassinos e muitos que eram hipócritas. Há banqueiros, jogadores, americanos e iraquianos, judeus e palestinos. (conforme já comentamos, a idéia de pecado não existe no livro. Jesus já os pagou todos e todos já desapareceram). Não tenho desejo de torná-los cristãos, mas quero me juntar a eles em seu processo para se transformarem em filhos e filhas do Papai, em irmãos e irmãs, meus amados. ( se não importa a Jesus que os homens sejam ou não cristãos, porque Ele teria mandado os discípulos até os confins da terra BATIZANDO OS QUE CRESSEM EM NOME DO PAI, DO FILHO, DO ESPÍRITO SANTO, isto é, fazendo-os cristãos? )

    A seguir, vem a afirmação bela e verdadeira que, aparentemente, “sanciona” todo erro exposto:

    - Isso significa que toda estrada leva a você?

    - De jeito nenhum (…) A maioria das estradas não leva a lugar nenhum. O que isso significa é que eu viajarei por qualquer estrada para encontrar vocês.” Pronto. Esta afirmação verdadeira vem fazer com que pareçam verdades as inverdades ditas acima. Mais um sofisma bem elaborado).

    1. Neste contexto se dá o encontro com Missy, a filha morta, que o “abraça” e “vê” e é vista e “abraçada” por ele por trás da cachoeira Tal encontro é recheado de elementos do folclore panteísta indígena e nova era como a cachoeira, o jardim colorido, a rocha escura. Os filhos vivos de Mack também estão presente na cena “em sonho”.

    Este episódio pontilhado de clichês provavelmente utilizados nas pregações que o autor escutou ou revistas que leu, traz, como clichê central, a historinha do julgamento no qual a pessoa é colocada no lugar de juiz entre dois de seus filhos ou entes queridos. Embora seja clichê entre os protestantes e, dessa forma, empobreça a linguagem do livro, é muito útil para que se entenda a necessidade da misericórdia e perdão, que só Deus tem como exercer sem erro e plenamente. No episódio faltam alguns elementos como Jesus Cristo como fonte de misericórdia, mas isso não parece proposital. É apenas mais uma das muitas contradições do livro, que condena os rituais, mas os promove, que fala no perdão do Pai, mas não inclui o filho, etc.

    1. É, aliás, em um ritual que Mack se encontra com o pai biológico, em meio a milhares de espíritos de luz, mas distinto dos outros por estar-se “debatendo em seus sentimentos” e “resistindo” a eles com relação a Mack. A questão dos espíritos de luz evoca o espiritismo, a nova era, a concepção oriental de céu, o que vem combinar com a idéia de que o Céu como um lugar de purificação da natureza, igualmente espiritualista. Quanto ao “debater-se em sentimentos” o pai de Mack, ou é simplesmente uma figura literária, ou uma clara ignorância do que diz a doutrina cristã sobre o estado das almas no céu.
    2. Neste episódio, há um dado interessante: Mack está vendo o céu com os olhos com que Deus o vê e chega à conclusão de que no céu as pessoas não somente são espíritos de luz sendo purificados (já que o céu é uma purificação da criação), mas que se comunicam através de cores e brilhos. Dado o contexto de tantas afirmações contrárias à fé, fico sem saber se isso é meramente interpretação livre do autor, ou se há algo em alguma doutrina que faça alusão a este tipo de “linguagem”, exceto nas alucinações causadas por LSD, que não creio ser o caso aqui.

    CONTINUA EM PRÓXIMO POST……………………………………………………….

    VI. IGREJA E “MÁQUINA RELIGIOSA” – PURIFICAÇÃO DA CRIAÇÃO – AFIRMAÇÕES TÍPICAS DA MENTALIDADE ANARQUISTA DA NOVA ERA MISTURADAS COM VERDADES DE FÉ

    As afirmações das passagens a seguir são tão absurdas que dispensariam comentários. Entretanto, como é possível que alguém tenha lido e não tenha reparado, vamos colocá-las em negrito.

    Jesus diz a Mack:

    “- Bom, Mack, nosso destino final não é a imagem do Céu que você tem na cabeça. Você sabe, a imagem de portões adornados e ruas de ouro. O céu é uma nova purificação do universo, de modo que vai se parecer bastante com isso aqui. (Esta afirmação é de cunho espírita e totalmente contrária à fé cristã católica e à Palavra)

    - Então que história é essa de portões adornados e ruas de ouro? (veja que ele fala da Palavra não como a verdade, mas como algo que pode ou não pode ser verdadeiro).

    - Esta, irmão – começou Jesus, deitando-se no cais e fechando os olhos por causa do calor e da claridade do dia -, é uma imagem de mim e da mulher por quem sou apaixonado. (…) É uma imagem da minha noiva, a Igreja: indivíduos que juntos formam uma cidade espiritual com um rio vivo fluindo no meio e nas duas margens árvores crescendo com frutos que curam as feridas e os sofrimentos das nações. Essa cidade está sempre aberta e cada portão que dá acesso a ela é feito de uma única pérola (…) Isso sou eu! (…) Pérolas, Mack. A única pedra preciosa feita de dor, sofrimento e, finalmente, morte. (alguém precisa informar ao autor que a pérola não é uma pedra preciosa. Entretanto, pode ter sido erro de tradução do “gem” em inglês. Em todo caso, aqui temos outro clichê tipicamente evangélico e por vezes útil para o primeiro anúncio).

    - Entendi. Você é a entrada, mas… Você está falando da Igreja como essa mulher por quem está apaixonado. Tenho quase certeza de que não conheço essa Igreja (…) Não é certamente o lugar aonde eu vou aos domingos. (…)

    -Mack, isso é porque você só está vendo a instituição que é um sistema feito pelo ser humano. (Jesus fundou, sim, a Igreja como instituição e também como hierarquia ao nomear Pedro chefe da Igreja em Mt 16) Não foi isso que eu vim construir. O que vejo são as pessoas e suas vidas, uma comunidade que vive e respira, feita de todos que me amam e não de prédios, regras e programas. (não parece uma alusão clara ao Vaticano, às paróquias e aos programas pastorais das Igrejas Evangélicas?)

    “Mack ficou meio abalado ouvindo Jesus falar de ‘igreja” desse modo, mas isso não chegou a surpreendê-lo. De fato, foi um alívio.

    - Então como posso fazer parte dessa Igreja? Dessa mulher pela qual você parece estar tão apaixonado?

    - É simples, Mack. Tudo tem a ver com os relacionamentos e com o fato de compartilhar a vida. (…) Minha Igreja tem a ver com as pessoas e a vida tem a ver com os relacionamentos. Você pode construí-la É meu trabalho e, na verdade, sou bastante bom nisso – disse Jesus com um risinho. (Em outras palavras, o “Imagine” relativista de John Lennon. Novamente, verdade e inverdade se misturam e enganam os menos atentos)

    Para Mack essas palavras foram como um sopro de ar puro! Simples. Não um monte de rituais exaustivos e uma longa lista de exigências, nada de reuniões intermináveis com pessoas desconhecidas. Simplesmente compartilhar a vida. (todo amor à Igreja, toda doação de vida, todo sacrifício, ficam, assim, destruídos)

    (…) Quer dizer, acho que o modo como vocês (a “trindade”) são é muito diferente de todo o negócio religioso em que fui criado e com o qual me acostumei. ( o “negócio religioso”chamado Igreja é arcaico a ponto de toda a sociedade “se acostumar”com ela. É isso o que ele insinua? Pois o “negócio” religioso (provavelmente foi utilizada a palavra “stuff”, que quer dizer “falação sem conteúdo”, mas não tenho o original inglês) , vai agora virar uma “máquina”, veja abaixo)

    - Por mais bem-intencionada que seja, você sabe que a máquina religiosa é capaz de engolir as pessoas! – disse Jesus, num tom meio cortante. – Uma quantidade enorme das coisas que são feitas em meu nome não têm nada a ver comigo. E frequentemente são muito contrárias aos meus propósitos. (A Igreja é uma dessas coisas? É isso o que parece insinuar)

    - Você não gosta muito de religião e de instituições? – perguntou Mack sem saber se estava fazendo uma pergunta ou uma afirmação.

    - Eu não crio instituições. Nunca criei, nunca criarei (!!!!)

    - E a instituição do casamento? (Mack tem razão de perguntar, pois no ritual do casamento é dito explicitamente que ele é a única instituição criada por Deus antes do pecado original e que sobreviveu a ele! Como resposta, “Jesus” vai mais uma vez contrapor instituição a relacionamento, em uma afirmação muito típica do caos pregado pela Nova Era).

    - O casamento não é uma instituição. É um relacionamento (…) Como eu disse, não crio instituições. Essa é uma ocupação dos que querem brincar de Deus. Portanto, não, não gosto muito de religiões e também não gosto de política nem de economia. (Impressionante a capacidade do autor de não aprofundar nenhum assunto mas, pelo contrário, criar sofismas que, unidos a verdades bíblicas, confundem as pessoas, como neste caso, a partir do qual se pode afirmar: acabou-se o relacionamento, acabou-se o casamento, o Papa, os bispos e padres estão criando instituições e brincando de Deus. Não falam em nome Dele e tudo o que fazem faz parte da “máquina religiosa”, inclusive a liturgia, os sacramentos, a pregação.)

    A expressão de Jesus ficou notavelmente sombria.

    - E por que deveria gostar? É a trindade de terrores criada pelo ser humano que assola a Terra e engana aqueles de quem eu gosto. Quantos tormentos e ansiedades relacionados a cada uma dessas três coisas as pessoas enfrentam? ( “Jesus” coloca no mesmo plano, em um plano trinitário, isto é onde os 3 são iguais mas diferentes, a economia, a política e a religião !!!!! e as chama de “trindade de terrores” que trazem tormentos e ansiedades às pessoas!!!!!! A Igreja não é mais instrumento de salvação, a política e economia não são mais maneiras de implantar a justiça e amor divinos!!! É a anarquia geral da geração de 68 atacando de Nova Era, de relativismo, de hedonismo, é o caos!)

    (…)

    - Falando de modo simples, religião, política e economia são ferramentas terríveis que muitos usam para sustentar suas ilusões de segurança e controle. As pessoas têm medo da incerteza, do futuro. Essas instituições, essas estruturas e ideologias são um esforço inútil de criar algum sentimento de certeza e segurança onde nada disso existe. É tudo falso! Os sistemas não podem oferecer segurança, só eu posso. (novamente, uma verdade – “só eu posso”- misturada a um monte de inverdades contrárias ao Evangelho, à história da Igreja, à noção de santidade e ao papel transformador do cristão no mundo. Além, claro, da falsa idéia de liberdade que perpassa o livro inteiro e que chega ao seu cume na conversa com Sofia, onde se misturam idéias muito boas sobre julgamento e perdão com idéias absurdas sobre liberdade, reforçando a idéia de liberdade que o Pai coloca no início do livro).

    A liturgia não fica fora das críticas de “deus”:

    “- Nada é um ritual, Mack.”(p. 194)

    “- Nada é um ritual, Mackeinze.” (p. 204), além de várias outras afirmativas que criticam o rito e o ritual e a oração que os segue. Infelizmente, não os anotei todos.

    VII. A INEXISTENCIA DE REGRAS E A NECESSIDADE DE ENTENDER PARA ACREDITAR (ANARQUISMO – NOVA ERA + ILUMINISMO – ESPIRITISMO) – ECO DO “IMAGINE’ DE JOHN LENNON?”

    O horror a instituições e sistemas, da autoridade e obediência, leva também à afirmação de que regras são desnecessárias, ainda que estejam na Bíblia!

    Em companhia do Espírito Santo (Sarayu), Mack ouve dele as seguintes palavras:

    “- Mackenzie! Seu tom era de censura, as palavras voando com afeto – a Bíclia não lhe diz para seguir regras. (Qual é mesmo a Bíblia dela???) Ela é uma imagem de Jesus (?? – é isso o que diz a Dei Verbum, o último Sínodo da Palavra, o Catecismo? A Palavra não é imagem de Jesus. Ela É Jesus. Acontece, como veremos depois, que o livro trará todo um discurso de meta-linguística onde toda a “trindade” se autodenomina verbo!!!!!! São João Evangelista nos acuda!)

    (…)

    - É verdade que os relacionamentos são muito mais complicados do que as regras, mas as regras nunca vão lhe dar as respostas para as questões profundas do coração. E nunca irão amar você. ( Eis uma pérola de anarquismo, de egoísmo, de centralização em si, de anti-Evangelho)

    (Na seqüência da conversa, “a” Espírito Santo nos presenteia com mais uma pérola da arte de sofismar)

    - Mackenzie, a religião tem a ver com respostas certas e algumas dessas respostas são de fato certas. Mas eu tenho a ver com o processo que leva você à resposta viva e só ele é capaz de mudá-lo por dentro. Há muitas pessoas inteligentes que dizem um monte de coisas certas a partir do cérebro porque aprenderam com alguém quais são as respostas certas. Mas essas pessoas não me conhecem. Assim, na verdade, como as respostas delas podem ser certas, mesmo que estejam certas? - Ela sorriu.- Ficou confuso? Mas pode ter certeza: mesmo que possam estar certas, elas estão erradas. (Vê-se aqui, a total separação entre o poder do Espírito Santo e a Igreja. Ele não é a alma da Igreja, cujos “chefes” e “teólogos” dão respostas certas sem conhecer o Espírito Santo, o que torna todas as suas respostas erradas! Que sofisma admirável! A religião não tem nada a ver com a verdade!!! O Espírito não guia a Igreja, que é guiada por homens inteligentes que, por não o conhecerem, se tornam erradas em toda busca da verdade! Vejam a resposta de Mack e pasmem)

    - Entendo o que você está dizendo. Eu fiz isso durante anos, depois da escola dominical (catecismo). Tinha as respostas certas, algumas vezes, mas não conhecia vocês (!!!!!!!)

    (…)

    - Então verei você de novo? – perguntou Mack, hesitando.

    - Claro. Você pode me ver numa obra de arte, na música, no silêncio, nas pessoas, na Criação, mesmo na sua alegria e na sua tristeza. (…) E você irá me ouvir e me ver na Bíblia de modos novos. Simplesmente não procure regras e princípios. Procure o relacionamento. Um modo de estar conosco.

    Ainda sobre regras e comportamento:

    Após dar uma adequada explicação da gratuidade do amor de Deus, Jesus novamente coloca no contexto uma idéia inadequada: “Isso deve trazer um grande alívio porque elimina qualquer exigência de comportamento. (e também de gratidão, de amor gratuito e agradecido a Deus, de louvor, de amor como prova de amor, de amor como conseqüência da fé e da esperança!)

    Em seguimento à mentalidade anarquista e relativista contrária a regras, o “espírito santo” nos presenteia com um outro sofisma que sabe Deus de onde vem:

    - Por que você acha que criamos os Dez Mandamentos?

    (…) – Acho, pelo menos foi o que me ensinaram, que é um conjunto de regras que vocês esperavam que os humanos obedecessem para viver com retidão e em estado de graça perante vocês.

    - Se isso fosse verdade, e não é – respondeu Sarayu -, quantos você acha que viveram com retidão suficiente para entrar em nossas boas graças?

    A partir daqui o “espírito santo” começa a despedaçar a doutrina paulina sobre a Lei e a graça:

    - Na verdade, só um conseguiu: Jesus. Ele obedeceu a letra da lei e realizou completamente o espírito dela. Mas entenda, Mackenzie, para fazer isso, ele teve de confiar totalmente em mim e depender totalmente de mim.

    - Então por que vocês nos deram esses mandamentos?

    - Na verdade, queríamos que vocês desistissem de tentar ser justos sozinhos. Era um espelho para revelar como o rosto fica imundo quando se vive com independência. (esse foi, de fato, aproximadamente, um dos efeitos da Lei, como diz o próprio Paulo, em Romanos. Entretanto, não foi por esta razão que nos foram dados os 10 mandamentos, como bem sabemos)

    - Mas tenho certeza de que vocês sabem que há muitos que acham que se tornam justos seguindo as regras.

    - Mas é possível limpar o rosto com o mesmo espelho que mostra como você está sujo? Não há misericórdia nem graça nas regras, nem mesmo para um erro. Por isso Jesus realizou todas elas por vocês para que elas não tivessem mais poder sobre vocês. (Senhor, tem piedade de nós e consola São Paulo).

    (…) – Está dizendo que não preciso seguir as regras?

    - Sim. Em Jesus você não está sob nenhuma lei. Todas as coisas são legítimas. (E a lei do amor que Jesus veio trazer? Se faz todas as coisas legítimas, não é amor!!! Aqui, Romanos é contradito de forma apavorante)

    - Não pode estar falando sério! – gemeu Mack.

    - Criança – interrompeu papai -, você ainda não ouviu nada.

    - Mackeinzie – continuou Sarayu-, só tem medo da liberdade os que não podem confiar que nós vivemos neles. Tentar manter a lei é na verdade uma declaração de independência, um modo de manter o controle. (repare, que noção errônea de liberdade!)

    -É por isso que gostamos tanto da lei? Para nos dar algum controle? – perguntou Mack.

    - É muito pior do que isso – retomou Sarayu. – Ela dá o poder de julgar os outros e de se sentir superior a eles. Vocês acreditam que estão vivendo num padrão mais elevado do que aqueles a quem vocês julgam. Aplicar regras, sobretudo em suas expressões mais sutis, como responsabilidade e expectativa, é uma tentativa inútil de criar a certeza a partir da incerteza. E, ao contrário do que você possa pensar, eu gosto demais da incerteza. As regras não podem trazer a liberdade. Elas têm o poder de acusar. ( o “espírito santo” conseguiu transformar a Lei de Moisés em um conjunto de regras. Talvez ele ignore o que diz o profeta, que Deus nos daria um coração de carne e meteria Seu Espírito em nós para que cumpríssemos suas leis com a facilidade dos que O amam! Como se não bastasse, denomina como “regras sutis” a responsabilidade e expectativa. Aproximando-se ainda mais do absurdo, diz que gosta demais da incerteza. Ora, pelo que a Bíblia nos ensina, o Salvador foi prometido desde o pecado original, veio no “tempo oportuno, ou propício”, virá no final dos tempos e nos deixou também no Novo Testamento, uma série de promessas,orientações de responsabilidade quanto à salvação de nossas almas e da humanidade inteira. Por séculos os judeus profetizaram com grande expectativa a vinda do Messias e a esperaram intensamente. O absurdo chega ao cume quando afirma que as regras não podem trazer a liberdade (oposto do que nos ensina a Igreja e a Palavra) e que têm o poder de acusar, quando São Paulo, ao falar no assunto, dizem que elas têm a finalidade de nos fazer ver o mal)

    - Uau! De repente Mack percebeu o que Sarayu haivia dito. – Está dizendo que a responsabilidade e a expectativa são apenas outra forma de regras? Ouvi direito?

    Em seguida, “a trindade” entra em uma conversa que tem relação sofismática intensa com a noção cristã de Verbo (que aplica às 3 pessoas) e de substantivo. Tal sofisma remete às religiões orientais, assim como a neuro e meta- lingüística

    Em um ataque de fundamentalismo, o “espírito santo” afirma:

    “por isso, você não encontrará a palavra responsabilidade nas Escrituras” (!!!) (…) A religião usa a lei para ganhar força e controlar as pessoas de que precisa para sobreviver. Eu, ao contrário, (desta vez, é o “espíritosanto” quem se opõe à religião) dou a capacidade de reagir e sua reação é estar livre para amar e servir em todas as situações. (parece lindo? Veja o que vem a seguir neste jogo sofismático de verdade/mentira/verdade/mentira) (…) Como sou sua capacidade de reagir livremente (novo nome do Espírito Santo????? “espírito santo à la Nova Era?), tenho de estar presente em vocês. Se eu simplesmente lhes desse uma responsabilidade, não teria de estar com vocês. A responsabilidade seria uma tarefa a realizar, uma obrigação a cumprir, algo para vencer ou fracassar.

    Caso você queira encontrar outro raciocínio sofismático fantástico para “provar” o erro, leia o que diz o “espírito santo” sobre a amizade, a prontidão, a responsabilidade, a liberdade, o relacionamento, o julgamento, as expectativas dos outros sobre você, que terminam com uma afirmação aparentemente correta do “pai:”

    “- Querido, eu nunca tive expectativas com relação a você nem a ninguém.(e o “sede santos”, que vem desde o AT e é repetido por Jesus, acrescentando uma medida imensa: “sede santos como o Pai é santo“???) A idéia por trás disso exige que alguém não saiba o futuro ou o resultado e esteja tentando controlar o comportamento do outro para chegar ao resultado desejado.(por vezes, penso que Young tem uma neurose sobre controle e sobre liberdade, o que o leva a dizer absurdos com relação ao que a Igreja e a Palavra dizem sobre elas) Os humanos tentam esse controle principalmente por meio das expectativas. Eu o conheço e sei tudo sobre você. Por que teria uma expectativa diferente daquilo que já sei? (como bom relativista e iluminista, coloca o conhecimento acima de tudo, o experimental como base do conhecimento) Seria idiotice. E, além disso, como não a tenho, vocês nunca me desapontam. (Pecado??? O que é isso???)

    A conclusão mais simples é que o livro não é adequado para ninguém, pelo menos não para cristãos que amem a Deus e levem a sério a Palavra, a Igreja, o mistério da Trindade.

    Além do que foi escrito acima, o livro prima pela dessacralização da Trindade e da liturgia. Desautoriza igualmente o Magistério, a Igreja, os Sacramentos e a ordem social.

    Segundo a contracapa e a introdução, tem por objetivo mostrar o sentido da vida e ajudar a passar por momentos de tristeza e angústia. É de admirar, pois além de não fazê-lo, usa a maior parte de seus capítulos para a descrição da “trindade” e seus “pensamentos”.

    A versão, amplamente divulgada e com cara de marketing, de que Mack relata uma experiência de Deus não é, nem um pouco verdadeira e torna-se, mesmo, anacrônica quando colocada frente a frente com o que diz a Palavra, os santos, os doutores da Igreja.

    Acrescento o comentário de duas conhecidas minhas sobre o livro:

    - Não agüentei ler todo. Fez uma confusão enorme em minha cabeça.

    - Li por ler. O livro não me acrescentou nada.

    Ambas as senhoras têm cerca de 45 anos, são cristãs não engajadas e “apenas” vão à missa aos domingos.

    Blog Shalom - Carmadélio

    Padre skatista húngaro vira sucesso

    Padre skatista húngaro vira sucesso no YouTube.

    Reuters

    Um padre católico húngaro virou sucesso no YouTube com seu método singular de divulgar sua mensagem religiosa – sobre rodinhas.

    O reverendo Zoltan Lendvai, de 45 anos, vive e prega em Redics, uma cidadezinha húngara na fronteira com a Eslovênia. Ele acredita que a prática do skate pode abrir aos jovens o caminho que leva a Deus.

    O vídeo que o mostra em ação já foi visto quase 170 mil vezes e agora conta também com uma versão musical.

    Lendvai diz que segue o exemplo de São João Bosco, padre e educador italiano do século 19 que dedicou sua vida a melhorar a sorte de jovens pobres, usando os esportes como parte da educação deles.

    “Já pensei muitas vezes que é desta maneira que poderei levar muitas pessoas para mais perto de Jesus”, disse o sacerdote à Reuters.

    Lendvai aprendeu a andar de skate na escola, quando tinha 14 anos, mas foi apenas mais tarde, quando trabalhou como padre na cidade de Kormend, no noroeste da Hungria, que se deu conta do impacto que sua habilidade podia exercer sobre crianças e jovens.

    Ele disse que três rapazes de 16 a 18 anos que nunca antes haviam ido à igreja começaram a frequentá-la regularmente depois que ele lhes mostrou alguns truques no skate.

    Seu primeiro skate trazia o brasão pontifical. Desde então, o padre skatista já deu pelo menos seis skates a seus paroquianos jovens.

    Blog Shalom - Carmadélio


    Avatar. Qual a “teologia” do filme que bateu o mega sucesso Titanic?

    * Avatar. Qual a “teologia” do filme que bateu o mega sucesso Titanic?

    Quantcast


    O sucesso de “Avatar” foi bilionário. Os efeitos visuais do filme de J. Cameron são mesmo incríveis — assisti em 3D. A mensagem central é alinhada ao que tem sido considerado politicamente correto pelo paradigma socialoide, tanto antropológica como ecologicamente. Milhares de povos têm sido de fato destruídos ao longo da história por causa da ganância império-colonialista, que passa como um rolo compressor por cima de terras, casas, referências culturais, corpos e o que mais for preciso em nome do lucro.

    Tangencialmente somos informados que a Terra já teria seu habitat destruído — e agora vemos os homens (machos brancos) exportando para os limites da galáxia a cultura de exploração destrutiva, garantida por tropas militares (mercenários sem bandeira, mas que se comunicam no idioma do mercado…), enquanto os frágeis (mulher e deficiente físico) salvam o mundo imaginado no espaço. Uma projeção na telona das angústias e anseios da humanidade.

    Então, a mensagem de preservação de povos, culturas e o meio ambiente é bacana e necessária.

    Porém chamo a atenção para a teologia (o discurso sobre o deus, o divino, a deidade) que é sedimentada na mente dos expectadores “almiabertos” (boquiabertos). Não é questão de demonizar a produção e não assistir ao filme, mas de saber os corantes e conservantes que o compõem e aos quais somos expostos (e que não são informados na embalagem) e que, em alguns casos, colateralmente, poderão redundar nalgum câncer espiritual.

    Cito a Wikipédia, por ser uma referência popular: “Avatar é uma manifestação corporal de um ser imortal, segundo a religião hindu, por vezes até do Ser Supremo. Deriva do sânscrito ‘Avatāra’, que significa ‘descida’, normalmente denotando uma (religião), encarnações de Vishnu (tais como Krishna), que muitos hinduístas reverenciam como divindade… Qualquer espírito que ocupe um corpo de carne, representando assim uma manifestação divina na Terra…”

    Quando essa forma impersonalizada de Deus transcende daquela dimensão elevada para o plano material do mundo, ele — ou ela — é conhecido então como a encarnação ou Avatara… Em uma concepção mais abrangente, a encarnação poderia ser descrita como o corpo de carne. Mas essa concepção seria talvez errada, conquanto tais formas divinas não se tornam reais seres de carne e osso, ou assumem corpos materiais. Uma alma comum assume corpos materiais de carne e osso, mas no caso dessa manifestação divina, seu corpo e sua alma transcendem a matéria e, embora apareçam como impersonalizações, aquele corpo também pertence a sua essência espiritual…

    Essa palavra “Avatar” se tornou popular entre os meios de comunicação e informática devido às figuras que são criadas à imagem e semelhança do usuário, permitindo sua “impersonalização” no interior das máquinas e telas de computador… Tal criação assemelha-se a um avatar por ser uma transcendência da imagem da pessoa, que ganha um corpo virtual, desde os anos 80, quando o nome foi usado pela primeira vez em um jogo de computador… Mas a primeira concepção de avatar vem primariamente dos textos hindus, que citam Krishna como o oitavo avatar — ou encarnação — de Vishnu, a quem muitos hindus adoravam como um Deus”.

    Não há como ignorar o componente teológico envolvido no filme.

    Primeiro, pelo nome do filme em si (a orientalização do Ocidente é uma tendência que vem crescendo desde meados do século 20), assim como por um linguajar que faz referência e remete ao hinduísmo.

    Segundo, pela ideia de espírito / mente de um ser “transmigrar” para outro corpo (em “Avatar”, paralelamente, num mesmo tempo e espaço; no hinduísmo, sucessivamente, noutro tempo e forma de vida).

    Terceiro, e principalmente, pela noção panteísta de divindade, ou seja, um poder divino embutido na natureza, visualizado e adorado em forma de árvore especial, com a qual é possível estabelecer contato e comunicação (é pessoal), que elege seres para tarefas salvíficas, que mantém aquele mundo em equilíbrio, que move os elementos (animais, por exemplo) que compõem aquele cosmos, que toma a vida (decide quem continua a viver), que realiza o milagre de transferir efetivamente uma alma de um corpo para outro.

    Quarto, pela semelhança sonora entre o nome da divindade (Eiwa) com Jeová. Seria a tentativa de alguma redefinição do Deus revelado por Jesus, segundo a Escritura? (A tendência atual não é ateísmo, mas uma forma religiosa natural, mais palatável que o Deus bíblico.) Ainda há outros aspectos, mas esses bastam para mostrar o ponto: “Avatar” está cheio de elementos teológicos, no caso, panteístas.

    O contraste com o Deus da Bíblia é enorme, pois ele é o Deus Eterno, Criador, o Deus Soberano no universo (não limitado a uma lua do cosmos), o Deus que é espírito puro, o Deus Pai de Jesus Cristo (chamado por alguns hindus modernos de um avatar…), o Deus que ama e salva a sua criação entrando na história e assumindo a cruz para resgatá-la.

    Sem paranoia, mas vigiando (levando em conta que J. Cameron patrocinou um documentário que questiona a ressurreição de Jesus), o que a cultura contemporânea vem sedimentando em nossa alma? Quais serão os efeitos espirituais reais que tal cosmovisão terá sobre a mente de milhões de consumidores desse tipo de cultura?

    Pessoalmente, não gostaria de viver em sociedades como as que a teologia hindu pariu (idealizada pela novela “Caminho das Índias”). É claro, portanto, que há uma relação direta entre a teologia e o modo de vida, entre uma teologia idólatra e um modo de vida igualmente reduzido, entre uma concepção panteísta da divindade e uma espiritualidade esvaziada da cruz.

    Não vivemos sem cultura. Alimentamo-nos constantemente dela.

    Esse artigo tem por objetivo despertar a atenção para as expressões culturais que ingerimos. A ideia é provocar reflexão e reação ,ainda mais que o diretor já anunciou a continuação de “Avatar” em mais um ou dois filmes.

    Autor : Christian Gillis

    DE NOVO... VIROU VÍCIO.

    DE NOVO... VIROU VÍCIO.
  • DE NOVO? É DE COÇAR A BARBA. MAS, QUER SABER: É BOM!

    Novamente os do mundo chegam com mesmo discurso de sempre: “a Igreja fez isso!”. “O papa fez aquilo!” Já deixou de ser ódio para se tornar vício. As pessoas estão mentalmente viciadas em falar mal da Igreja, do papa, dos Padres e dos fundadores. Até aí não tem problema. O próprio Jesus disse que seria assim. O mundo não nos odeia primeiro. Antes, odeia a Jesus.

    Porém, o que me faz coçar a barba são os ditos e benditos cristãos ficarem em dúvida após escutarem a mocinha bonitinha da emissora pagã falando mal de nossa Fé Católica. Isso deve doer no já chagado coração de Jesus. De novo a mesma ladainha. Um povo que não quer deixar uma vida de pecado faz de tudo para se justificar atacando a Igreja, ao Papa e a nós, leigos.

    Mas quer saber: é bom. O próprio mundo está separando o joio do trigo. Deus não está fazendo força alguma. A “auto-separação” já está acontecendo. E dentro da Igreja. Os de pensamento do mundo estão se confrontando com os de “pensamento de Cristo”.

    E mais uma vez o mundo vai se levantar com a mesma ferida de morte. E isso é bom, apesar de certos flagelos e perseguições. É bom que se discuta aborto, casamento de pessoas do mesmo sexo, “descrucificação” das repartições públicas, padres pedófilos. Só assim os filhos da luz poderão se manifestar. Aquilo que é crime deve ser punido. E o que é Glória de Deus deve brilhar nos fiéis. A Glória não é nossa. É de Deus. E esta Glória não será esvaziada pela multidão dos perseguidores. O número de cristão daqui a pouco nem mais importará. O que vai “contar ponto” é a fidelidade dos que insistem em permanecer com Deus até o fim.

    O Senhor chamou a todos, mas, salvou a muitos. Nem todos quiseram seguir ao Mestre. E, ao que tudo indica estes pequenos focos de cristãos que crêem na Salvação já passam pelas perseguições dos “últimos dias”. Um prólogo da abertura dos selos do livro da vida.

    As taças se derramam e os sangues dos mártires nos serão vias de fidelidade. Louvemos pelas perseguições em casa, no trabalho, na própria Igreja. A Fidelidade deve ser comprovada.

  • Silvio Zabisky - Comunidade Beatitudes

    O MUNDO FAZ ASSIM Ó: O EFEITO CHICLETE

    O MUNDO FAZ ASSIM Ó: O EFEITO CHICLETE
  • O mundo não muda suas táticas. Aliás, o mundo é marqueteiro mas, o produto final é sempre o mesmo. Pobre e ingênuo o cristão que acha que dá para ser de Deus e dá para ser do mundo. Como diz uma grande personagem, amiga, confidente e uma das melhores mulheres que já conheci: "quando uma pessoa vem com aquela frase 'que isso, nada a ver, é normal!' ", pode tomar cuidado. O mundo já a agarrou.

    O discernimento dos espírito nos orienta a perceber o "passo-a-passo" do mundo para destruir a vida de um jovem. Eis uma das formas mais clássicas de afundar um jovem no mundo: o efeito chiclete.

    Estes são os 5 passos do efeito chiclete que o mundo fará com você, ó:

    Passo 1: O mundo vai te desembrulhar. Quanto mais pelada você ficar, melhor. Tire a roupa para tudo. Ponha todo o seu guarda roupas de mini-saias, pule no carro de desconhecidos e vá para a balada. Deixe que todos os rapazes vejam suas pernas e partes íntimas. Todo chiclete, antes de ser chupado, é despido.

    Passo 2: O mundo vai "te" morder. Quanto mais você beijar em uma noite só melhor. Fique com todos os homens e mulheres que você conhecer. Use, abuse. Deixem que morda seu lábio, sua orelha, seu corpo.

    Passo 3: O mundo vai "te" chupar. O mundo vai te mastigar, chupar, tirar o melhor de você até se tornar uma mulher ou um homem desgostoso, ruim, azedo. Ninguém mais vai querer você.

    Passo 4: O mundo vai "te" cuspir. Todo chiclete, por melhor que seja, um dia será cuspido. E é assim que o mundo faz com você. Seus "ex" só quiseram te levar para o motel. Eles só queriam transar contigo e depois jogar fora. Você era tão gatinha e hoje, azedume jogada na rua. Nem se vestir você sabe direito. Fala palavrão, é vulgar, se entrega facilmente. Não olhe no espelho porque você virou goma ruim de mascar.

    Passo 5. O mundo "te" fará grudar no primeiro pé que você achar. E é por isso que as relações não dão mais certo. Estamos tão usados e abusados que, por carência, grudamos no primeiro sapato que aparece, seja de homem, seja de mulher.

    Cuidado com o mundo. Cuidado com suas amizades e com o tipo de salão que você freqüenta. Não tem nada a ver, é? Olha para seu lado. Veja quanto amigos seus já se tornaram bubaloo. Acorda, gatinha. Desperta, garotão. Seja mais esperto.

    Aqui fica um alerta aos papais e mamães que praticamente jogam seus filhos em baladas, festas raves e outros "coliseos" do mundo.

  • Silvio Zabisky - Comunidade Beatitudes
     
    Copyright 2010 Blog Man